Diante das inúmeras transformações socioespaciais ocorridas através da apropriação do meio natural, verifica-se a complexidade das relações que se solidificam na produção do espaço urbano. Partindo dessa premissa, buscou-se através deste, discutir a problemática urbana responsável pela dinâmica socioespacial que emerge das desigualdades pertinentes às classes, e que acentuam as questões ambientais. Assim, a cidade apresenta-se por meio de contradições sociais, das ocupações humanas

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... desmatamentos e especulações imobiliárias. A apropriação do solo urbano expressa na paisagem as relações materiais vividas em cada momento histórico, sobrepondo de forma diferenciada e fragmentada a depender do seu conteúdo social. Contudo, desconsiderar as características naturais, por meio do crescimento desordenado, com a ocupação das encostas, margens dos rios, além da impermeabilização dos solos demonstra o descaso com o meio ambiente. Neste contexto, na divisão social do espaço, os serviços de infraestrutura tem caráter valorativo, e quando em sua ausência, acarreta sérios problemas ambientais. Dentro desta lógica existem os produtores do espaço urbano, como o poder público, que ao dispor das suas atribuições de zoneamento, calçamentos, serviços de esgoto, iluminação, coleta de lixo etc., atua na construção da cidade seja atraindo, ou expulsando os moradores, a depender de onde e como os serviços são disponibilizados. Neste sentido, o planejamento urbano, constitui um diferencial relevante na construção de uma cidade sustentável. Deste modo, a proposta por um trabalho teórico de reflexão visa fomentar um tema que não se esgota, mas sim permite indagar sobre as transformações do meio a partir da articulação dos grupos sociais.