Estudio bioestratigráfico y paleoambiental de la Formación Río Turbio (Eoceno Medio a Superior) en el sudoeste de Patagonia (Argentina) basado en quistes de dinoflagelados
M. Sol González Estebenet, G. Raquel Guerstein, Silvio Casadío
2015
Revista Brasileira de Paleontologia
BIOSTRATIGRAPHIC AND PALEOENVIRONMENTAL STUDY OF RÍO TURBIO FORMATION (MIDDLE-UPPER EOCENE) IN SOUTHWEST OF PATAGONIA (ARGENTINA) BASED ON DINOFLAGELLATE CYSTS. During the middle and late Eocene the Austral Basin, in southern Patagonia (Argentina), was fl ooded by an Atlantic Ocean transgression, which was responsible for the deposition of the upper member of the Río Turbio Formation. We have analyzed the dinofl agellate cyst assemblages from this stratigraphic section in order to provide a
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... tratigraphic framework and reconstruct the paleogeographic and paleoceanographic conditions in this area. Dinofl agellate cyst events recorded were compared and interpreted based taking into account other records recognized for the South Pacifi c Ocean. The comparison allowed us to suggest an age between 45.5 Ma (mid-Lutetian) and 33.5 Ma (Priabonian) for the upper member of the Rio Turbio Formation. We recognized three zones of dinofl agellate cysts. Zone I presents an alternating dominance between Enneadocysta dictyostila, Defl andrea antarctica and Vozzhennikovia apertura indicating two sea level rises. Zone II is dominated by V. apertura suggesting high trophic levels and cool waters in a shallow-marine coastal environment. The lower part of the Zone III shows a high abundance of Turbiosphaera fi losa with different morphotypes, which may correspond to physicochemical changes in the water column. The uppermost part of the Zone III is characterized by Protoperidinaceae and typical forms of T. fi losa suggesting an oceanic environment infl uenced by upwelling processes. Zones I and II are defi ned by the dominance of middle Eocene endemic-Antarctic assemblage, while Zone III shows a signifi cant replacement of these taxa by cosmopolitan species. This turnover seems to be forced by the deepening of the Southern Atlantic Ocean gateways and the changes in the ocean circulation patterns. RESUMO -Durante o Eoceno médio e fi nal, a bacia Austral, no sul da Patagônia (Argentina), esteve sujeita a uma transgressão do Oceano Atlântico, responsável pela deposição do membro superior da Formação Río Turbio. Assembleias de cistos de dinofl agelados desta porção da Formação Río Turbio foram analisadas a fi m de promover a construção de um esquema bioestratigráfi co e a reconstrução das condições paleogeográfi cas e paleoceanográfi cas nesta área. Eventos registrados relacionados a cistos de dinofl agelados da Formação Río Turbio foram comparados e interpretados considerando outros análogos reconhecidos para o sul do Oceano Pacífi co. As comparações permitem sugerir uma idade entre 45,5 Ma (Lutetiano médio) e 33,5 Ma (Priaboniano) para o membro superior da Formação Río Turbio. Três zonas de cistos de dinofl agelados foram estabelecidas. A Zona I apresenta alternância na dominância de Enneadocysta dictyostila, Defl andrea antarctica e Vozzhennikovia apertura, indicando duas elevações relativas do nível do mar. A Zona II é dominada por V. apertura, sugerindo níveis trófi cos elevados e águas frias em ambiente marinho costeiro raso. A porção inferior da Zona III mostra abundância de Turbiosphaera fi losa, com diferentes morfotipos, os quais podem corresponder a mudanças fi sioquímicas na coluna d'água. A porção superior da Zona III é caracterizada por Protoperidinaceae e formas típicas de T. fi losa, sugerindo ambiente oceânico infl uenciado por processos de ressurgência. As zonas I e II são defi nidas pela dominância de assembleias endêmicas do Mioceno médio da Antártica, enquanto a Zona III apresenta signifi cativa substituição destes táxons por espécies cosmopolitas. Esta mudança parece ter sido forçada pelo aprofundamento das passagens do Oceano Atlântico Sul e por alterações nos padrões de circulação oceânica. Palavras-chave: cistos de dinofl agelados, Eoceno Médio-Superior, Passagem de Drake, bioestratigrafi a, paleoambiente.
doi:10.4072/rbp.2015.3.08
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