"Professora, você fala/ensina o inglês americano ou britânico?": desestabilizando visões essencialistas sobre a "língua inglesa" através da elaboração e análise de atividades didáticas sob uma perspectiva glocal

Mariana Nunes Monteiro
2020 Raído  
Vivemos em tempos de muitas mudanças e hibridizações de vários tipos: culturais, sociais, linguístico-discursivas, etc., no qual o global e o local estão imbricados inextricavelmente. Nesse contexto, é preciso que repensemos alguns conceitos modernistas com os quais ainda operamos, como é o caso de epistemes e teorizações sobre língua(gem) e, consequentemente, sobre "falante nativo". Para tanto, Kumaravadivelu (2012) sugere que se promova uma quebra epistêmica da dependência dos sistemas de
more » ... ecimento dos países do Círculo Interno de Kachru. Em outras palavras, é necessário desconstruir a ideia do falante nativo como o padrão a ser atingido pelos estudantes de línguas, repensando métodos, abordagens e materiais didáticos que se ligam a essa episteme. Pensando nessas questões, o presente estudo visa a refletir sobre a elaboração e análise de atividades didáticas elaboradas para educandos do 8º ano. Essas atividades foram pensadas e analisadas a partir, principalmente, dos macrocritérios para a análise de livros didáticos cunhados por Tilio (2016). Os procedimentos de elaboração e análise apontam para a possibilidade de se elaborar materiais de inglês que valorizem as performances linguísticas dos educandos e os conscientize do seu papel ativo e transformador dessa língua.
doi:10.30612/raido.v14i36.11808 fatcat:k7zrizuszvhwlelecvakdcw2wy