Morte e luto: vivências de profissionais da saúde de uma unidade de transplante de células-tronco hematopoéticas de um hospital oncológico
[thesis]
Renata Pereira Rodrigues
A Deus por sempre guiar e iluminar meus passos. A minha querida orientadora Renata, por me aceitar como sua aluna e por percorrer comigo este caminho compreendendo meus diferentes momentos durante esta trajetória. Ser sua orientanda é um verdadeiro privilégio! A meus pais, meus grandes amores, que sempre me apoiaram abrindo mão de seus sonhos em prol dos meus. A Alexandre, companheiro de amor e sonhos, por estar sempre a meu lado apoiando e incentivando minhas decisões. Obrigada pela paciência
more »
... por compreender meus momentos de ausência e impaciência durante este percurso. A minhas "irmães", Mônica, Izabela e Patrícia, e cunhados, João, Maurício e Bruno pelo carinho e por me darem as "maiores alegrias de minha vida". Às maiores alegrias da minha vida: Aninha, Carol, Lulis, Mari, João Henrique e Cici por encherem meus curtos finais de semana em família, de amor, vida e descontrações. A Gabi e Sérgio, pela presença constante em minha vida. Às melhores enfermeiras que conheci: Mariana e Karen, pela amizade, pelos momentos de descontração e pelas hospedagens em Ribeirão Preto. A Elaine, minha irmã barretense, pela amizade verdadeira e por me acolher de forma carinhosa, cuidando de mim e me ajudando em todos os momentos. "Aqueles que vão morrer nos ensinam a viver." Marie Hennezel RESUMO RODRIGUES, R.P. Morte e Luto: vivências de profissionais da saúde de uma Unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas de um Hospital Oncológico. 2011. 87f. Dissertação (mestrado) -Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma modalidade terapêutica capaz de reconstituir os sistemas hematopoético e imunológico em uma variedade de doenças malígnas e não malígnas. O TCTH é um procedimento agressivo, que pode tanto recuperar a vida do paciente quanto conduzí-lo a óbito. Além das vivências e angústias dos pacientes, considera-se o estresse dos profissionais. A equipe de saúde trava uma luta incessante por esses pacientes. Não conseguir evitar ou adiar a morte, ou mesmo aliviar o sofrimento, pode trazer ao profissional do TCTH a vivência de seus limites, de sua impotência e de sua finitude. Esta pesquisa qualitativa objetivou conhecer o significado da morte dos pacientes para os profissionais da Unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas de um Hospital Oncológico. Trata-se de um estudo clínico-qualitativo realizado sobre amostra intencional (fechada por saturação e variedade de tipos) de oito profissionais de saúde (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, assistente social, cirurgiã dentista) de uma unidade de TCTH de um hospital especializado em tratamento oncológico. Foram realizadas entrevistas semidirigidas com questões abertas. O material transcrito foi submetido à análise qualitativa de conteúdo e organizado em três temas: vinculação com os pacientes, luta pelo tratamento e sentimentos envolvidos nessa relação. Os profissionais demonstraram que se vinculam aos pacientes durante o tratamento do transplante, apresentando a vivência do luto após sua perda. Descreveram que sofrem quando há agravamento do quadro clínico dos pacientes, quando verificam processos lentos de morte e quando o sofrimento dos pacientes se torna muito intenso. Para esses profissionais, a morte dos pacientes gera sentimentos de pesar, injustiça, alívio, cobrança quanto aos limites da assistência, choque, medo e impotência. A proximidade dos profissionais de saúde junto aos pacientes do TCTH é prolongada e pode acarretar implicações emocionais na equipe. Evidencia-se a necessidade de se abordar a temática da morte e do luto nas unidades de TCTH de forma a acolher os sentimentos e as angústias dos profissionais, promover a divulgação e a consolidação das abordagens de intervenção nesse contexto. Palavras-Chave: Transplante de células-tronco hematopoéticas, equipe de assistência ao paciente, morte, pesar.
doi:10.11606/d.22.2011.tde-08082011-154928
fatcat:7fjmuiyepbh2dmwbadytxmxx3e