Tratamento das fraturas do úmero proximal com placa anatômica bloqueada: correlação dos resultados funcionais e radiográficos

Antonio Carlos Tenor Junior, Alisson Martins Granja Cavalcanti, Bruno Mota Albuquerque, Fabiano Rebouças Ribeiro, Miguel Pereira da Costa, Rômulo Brasil Filho
2016 Revista Brasileira de Ortopedia  
r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(3):261-267 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA w w w . r b o . o r g . b r Artigo original Tratamento das fraturas do úmero proximal com placa anatômica bloqueada: correlação dos resultados funcionais e radiográficos ଝ informações sobre o artigo Histórico do artigo: Recebido em 22 de junho de 2015 Aceito em 10 de agosto de 2015 On-line em 18 de dezembro de 2015 Palavras-chave: Fraturas do ombro/cirurgia Fixação interna de fraturas Avaliação de
more » ... resultados r e s u m o Objetivo: Correlacionar os resultados funcionais e os índices radiográficos das fraturas do úmero proximal tratadas com placa anatômica bloqueada para úmero proximal. Métodos: Examinaram-se 39 pacientes com fraturas do úmero proximal tratados com placa anatômica bloqueada, com seguimento médio de 27 meses. Esses pacientes foram submetidos à análise do escore da Universidade da Califórnia de Los Angeles (UCLA) e à avaliação do arco de movimento pelo método da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos no ombro operado e a exames radiográficos comparativos de ambos os ombros. Estabeleceu-se a correlação entre as medidas radiográficas e os resultados funcionais. Resultados: Obtivemos 64% de bons e excelentes resultados conforme o escore da UCLA, com médias de 124 • de elevaç ão; 44 • de rotação lateral; e polegar-T9 de rotação medial. O tipo de fratura, de acordo com a classificação de Neer, e a idade do paciente tiveram significativa correlação com o arco de movimentos; quanto maiores o número de partes das fraturas e a idade dos pacientes, piores os resultados. Encontrou-se associação entre a elevação e o escore da UCLA com o ângulo cervicodiafisário na incidência anteroposterior; as fraturas fixadas com desvios em varo maiores do que 15 • apresentaram os piores resultados (p < 0,001). Conclusão: A variação da medida do ângulo cervicodiafisário na incidência anteroposterior mostrou significativa correlação com o arco de movimento; desvios em varo maiores do que 15 • não foram bem tolerados. Esse parâmetro pode ser um dos preditores dos resultados funcionais nas fraturas do úmero proximal tratadas com placa anatômica bloqueada.
doi:10.1016/j.rbo.2015.08.004 fatcat:4ncw7niawvbgxcfpugrf2cwtca