AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO COEFICIENTE DE DESOXIGENAÇÃO NA AUTODEPURAÇÃO DE UM CORPO HIDRICO

M. Carvalho, P. Ricciardone, D.M. Torres, C.S.S. Pereira, O.S. Pereira
2014 Anais do X Congresso Brasileiro de Engenharia Química   unpublished
RESUMO -Diante da necessidade de estudos que avaliem o potencial de poluição e degradação de corpos hídricos impactados pelos processos de urbanização, o presente trabalho realizou o estudo da capacidade de autodepuração do Rio das Mortes situado no Município de Vassouras/RJ. Este rio é a principal drenagem da sede do município e recebe esgoto doméstico bruto sem tratamento de diversas casas ao longo de sua extensão, até seu encontro com o Rio Paraíba do Sul. As bases matemáticas para os
more » ... de simulação de qualidade da água foram estabelecidas pelos pesquisadores Streeter e Phelps, em 1925, originando um modelo conhecido como modelo de Streeter & Phelps, clássico dentro da Engenharia Ambiental. O modelo de Streeter e Phelps é constituído, de forma genérica, por duas equações diferenciais ordinárias: uma modela a oxidação da parte biodegradável da matéria orgânica e outra, o fluxo de oxigênio proveniente da dinâmica da reaeração atmosférica. Essas equações são nomeadas de equações de desoxigenação e de reaeração, respectivamente. O estudo foi realizado no período de seca, período em que ocorre diminuição da diluição no corpo hídrico, objetivando-se avaliar a capacidade de autodepuração do rio nesta época. Objetivou-se avaliar a utilização do coeficiente de desoxigenação (K 1 ), obtido experimentalmente, para simular a capacidade de autodepuração do rio das Mortes nos perfis de OD ao longo do trecho estudado. Com a determinação do coeficiente de desoxigenação de modo experimental, as simulações apresentaram uma análise mais real do processo de autodepuração do rio estudado. Palavras chave: Modelagem Matemática, DBO. INTRODUÇÃO O crescimento populacional desacelerado, as atividades industriais e outras atividades humanas exigem, cada vez mais, o uso da água. De acordo com Teles e Silveira (2006), o aumento por essa demanda ocasiona a geração de resíduos líquidos que são muitas vezes lançados in natura nos corpos hídricos, alterando assim suas características naturais. A introdução de matéria orgânica em um curso de água resulta no consumo de oxigênio dissolvido. Isso se deve aos processos de estabilização da matéria orgânica realizados pelas bactérias
doi:10.5151/chemeng-cobec-ic-01-ea-008 fatcat:fwtclqqbjnautnlezmhpqeorpm