Identificação dos agrotóxicos prioritários para a vigilância da água de consumo humano no Estado de São Paulo [thesis]

Rubens José Mário Junior
É expressamente proibida a comercialização deste documento tanto na sua forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a identificação do autor, título, instituição e ano da dissertação. "Ninguém sabe do quanto é capaz até que tente" Públio Siro Dedico à minha querida mãe Judite Memento, pelo amor, carinho e apoio incondicional. E aos meus avós Carmini Memento (in memoriam) e Ana
more » ... ça Memento (in memoriam) pelos exemplos de vida e conduta. Ad majorem Dei gloriam. Agradecimentos À Profª Drª Adelaide Cássia Nardocci, pela orientação e oportunidade, mas principalmente pela confiança depositada no decorrer destes anos. À minha mãe Judite Memento que me ensinou o valor dos estudos, minha irmã Regina, minha sobrinha Bárbara e amigos, John, Marcelo Bastos, Mônica Torres, Luciana Pavesi que souberam compreender minha ausência física durante o processo de produção acadêmica. Ao Luís Cláudio, pela amizade, companheirismo e incentivo fundamentais para a conclusão deste projeto. Ao Sérgio Valentim pelo apoio, incentivo, sem o qual não teria sido possível conciliar trabalho e estudos. Ao amigo Luíz Quitério, pelo carinho, conselhos e encorajamento. Em especial a amiga Anna Cristina, por ter despertado em mim o gosto pela pesquisa acadêmica e me apresentado à Faculdade de Saúde Pública, além é claro, das revisões, contribuições e opiniões sempre tão valiosas. Ao amigo Marcel pelo apoio durante a realização de todo o mestrado, ajudando, dividindo experiências, opinando e incentivando. Muito obrigado! Mário Júnior, R. J. Identificação dos agrotóxicos prioritários para a vigilância da água de consumo humano no Estado de São Paulo. São Paulo; 2013. Resumo Introdução: O atual modo de produção agrícola paulista faz uso de muitos insumos para a produção de grandes safras, uma vez que o estado se destaca como maior consumidor de agrotóxicos do País e maior produtor nacional de cana-de-açúcar, laranja, banana, segundo maior produtor nacional de tomate, batata e café . Para a manutenção deste cenário, o controle de pragas, doenças e ervas daninha é feito por meio da utilização de agrotóxicos, os quais são aplicados em pulverização foliar, na superfície do solo, ou são a ele incorporados. Uma vez no solo, os agrotóxicos podem ser absorvidos, submetidos a reações químicas, decompostos e transportados pela água, por erosão ou lixiviação, podendo atingir mananciais destinados ao abastecimento público. Objetivos: identificar os agrotóxicos de maior preocupação para contaminação da água utilizada para consumo humano no Estado de São Paulo. Método: Foram identificadas as principais culturas representativas do agronegócio paulista, bem como, os agrotóxicos licenciados para uso nestas culturas e seu volume comercializado no Estado, além de suas propriedades físico-químicas. Foram então, calculados os índices de GUS, LEACH, I_EXP e IP com base nas propriedades físico-químicas dos princípios ativos, combinadas com a média dos volumes comercializados entre os anos de 2007 e 2012 e as formas de aplicação destes agrotóxicos. Resultados: Dentre os 491 princípios ativos licenciados pela ANVISA para uso no Brasil, não foram encontrados valores indicativos do comportamento no ambiente de 371 agrotóxicos, não sendo possível, portanto, o cálculo dos índices para estes princípios ativos. Dos 120 princípios ativos restantes, 72 foram classificados como móveis ou potencialmente móveis, e a estes foram acrescidos os outros 14 princípios ativos recomendados pela portaria MS 2914/2011, resultando em uma lista de prioridade de monitoramento e vigilância para 86 agrotóxicos considerados prioritários para o cenário paulista. Conclusão: este trabalho demonstra que a exposição da população paulista aos resíduos de agrotóxicos e seus metabólitos presentes na água destinada ao consumo humano é uma questão de extrema relevância, devendo ser priorizada nos protocolos de controle e vigilância da qualidade da água de consumo humano.
doi:10.11606/d.6.2013.tde-23102013-160714 fatcat:hkzlkm2r5jfb5cmsng6iulziky