This study, inserted in the field of Language and Gender, investigates the reproduction of gender polarization in (pseudo) scientific discourse. In order to do so, we first analyzed a workshop proposal for a research event at a renowned higher education institution in Brazil entitled "What women like and what men seek: the neurobehavioral basis of passion". In order to have a more contextualized understanding of such workshop, we also looked into the curriculum of the researcher who proposed it

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... (which is available in the Brazilian Lattes platform) as well as a personal blog in which he writes about relationships and his views on related issues. Departing from an analysis grounded on theories of Language and Gender (FAIRCLOUGH, 1995, 2003; CAMERON, 1998; WODAK, 1997), our purpose is to problematize the ways in which scientific discourse may function so as to reinforce gender binarism and gender stereotypes. Indeed, it is possible to conclude that the texts not only reproduce gender polarization but also seem to work to maintain the heterosexual market (BING; BERGVALL, 1996). Moreover, the problem of gender polarization in scientific discourses seems to be related to another kind of binarism: the division between hard sciences and soft sciences. Estudos Anglo-Americanos v.45, nº 2-2016 RESUMO: Este trabalho, inserido no campo de estudos de Linguagem e Gênero, investiga a reprodução da polarização de gênero em discursos (pseudo) científicos. Para tanto, primeiramente analisamos a proposta de um workshop para um evento de pesquisa de uma renomada instituição brasileira de ensino superior intitulado "O que as mulheres gostam e o que os homens procuram: as bases neurocomportamentais da paixão". De forma a compreender tal proposta de maneira mais contextualizada, também investigamos o currículo do pesquisador proponente do workshop (que pôde ser localizado através da plataforma Lattes) e seu blog pessoal com textos sobre relacionamentos e outros assuntos similares. A partir da análise conduzida da perspectiva teórica de Linguagem e Gênero (FAIRCLOUGH, 1995, 2003; CAMERON, 1998; WODAK, 1997), objetivamos problematizar as maneiras como o discurso científico pode funcionar de forma a reforçar o binarismo em termos de gênero e os estereótipos de gênero. É possível concluir que os textos não apenas reproduzem a polarização de gênero como também servem para reforçar e manter o mercado heterossexual (BING; BERGVALL, 1996). Além disso, o problema da polarização de gênero parece estar relacionado a outro tipo de binarismo: a divisão entre ciências exatas e humanas.