Desigualdade social em doentes renais crônicos/ Social inequality in chronic renal patients
Beatriz Bertolaccini Martínez, Fernanda Marcelino Da Silva, Vinícius Tavares Veiga, Rodrigo Pereira Custódio, José Vítor Da Silva
2011
Revista Ciências em Saúde
Introdução: A pobreza influencia na evolução dos pacientes com doenças crônicas, porque contribui para o seu agravamento e dificulta o acesso à assistência médica. O objetivo deste trabalho foi avaliar os aspectos relacionados à desigualdade social de pacientes em hemodiálise. Métodos: Estudo transversal com 123 pacientes em hemodiálise no Hospital Samuel Libânio – Pouso Alegre, MG, divididos, de acordo com a classe econômica, em 3 grupos: AB (n=23), C (n=60) e DE (n=40),. Foram coletados dados
more »
... sociodemográficos e econômicos, antecedentes clínicos e informações sobre o acesso a serviços de saúde. Para a análise dos resultados, foi utilizada estatística analítica e descritiva. Adotou-se p £ 0,05. Resultados: O grupo AB apresentou um menor número de pacientes jovens (4,3% em AB vs 40% em C e 25% em DE, p < 0,05), um maior número de indivíduos com mais anos de escolaridade (65,3% em AB vs 18,3% em C e 2,5% em DE; p < 0,05), predomínio de pacientes com menos de um ano em tratamento de hemodiálise (65,2% em AB vs 10% em C e 5% em DE, p < 0,05), menor número de usuários do SUS (40% em C e 25% em DE vs 4,3% em AB; p < 0,05) e maior acesso ao tratamento com nefrologista (73,9% em AB vs 46,7% em C e 52,5 em DE; p < 0,05). Conclusão: Classes economicamente desfavorecidas agregam indivíduos mais jovens, com menor escolaridade, usuários do SUS, com maior tempo em hemodiálise e pior acesso ao tratamento com nefrologista.Introduction: The poverty influence on the evolution of patients with chronic diseases because it contributes to your aggravation and hinders access to health care. Our goal was to evaluate the aspects related to social inequality on hemodialysis patients. Methods: cross-sectional study with 123 patients on hemodialysis in Samuel Libânio Hospital – Pouso Alegre, MG, divided according to the economic class, into 3 groups: AB (n = 23), C (n = 60) and DE (n = 40). Were collected socio-demographic and economic data, clinical background and information about access to health services. For analysis of the results has been used statistical analytical and descriptive. We take p £ 0,05. Results: The AB group has fewer young patients (4,3% in AB vs 40% in C and 25% in DE, p< 0,05), a greater number of individuals with more years of schooling (65,3% in AB vs 18,3% in C and 2,5% in DE; p< 0,05), predominance of patients with less than a year on haemodialysis treatment (65,2% in AB vs 10% in C and 5% in DE, p< 0,05), smaller number of users of SUS (40% in C and 25% in DE vs 4,3% in AB; p< 0,05), greater access to treatment with nephrologist (73,9% in AB vs 46,7% in C and 52,5% in DE; p< 0,05). Conclusion: Economically disadvantaged classes bring younger patients, with less schooling, users of SUS, patients with greater time on hemodialysis and worse access to treatment with nephrologist.
doi:10.21876/rcsfmit.v1i1.16
fatcat:x7nwqhlasrf4rg7ik7lxrbecc4