AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE CRISTALIZAÇÃO DE ALFA LACTOSE MONOHIDRATADA A PARTIR DE SORO DE LEITE PURIFICADO COM COAGULANTE ORGÂNICO

G. A. TEIXEIRA, L. F. LOPES, A. V. FONTES, R. A. MALAGONI, J. R. D. FINZER
2015 Anais do XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química   unpublished
RESUMO -O soro lácteo é definido como a fração aquosa do leite que é separada da caseína durante a produção de queijos. O soro concentrado contém grandes quantidades de lactose, que se apresentam sob a forma alfa e beta lactose. Este trabalho apresenta um estudo da cristalização de lactose monohidratada, a partir de soro de leite. O soro de leite purificado com coagulante e centrifugado foi concentrado em um rotoevaporador até a saturação de 46% m/m. A solução foi transferida a um
more » ... sendo esta resfriada até a temperatura de operação, 50°C. O sistema de agitação, composto por discos perfurados, foi acionado operando com um adimensional de vibração pré-definido. A semeadura foi realizada com 5×10 -2 kg de cristais de lactose, com diâmetro de Sauter médio de 6,638×10 -6 m. Durante e ao final do processo de cristalização, os cristais foram amostrados em duas posições distintas e analisados quanto à massa, tamanho médio de cristais (Mastersizer). INTRODUÇÃO A lactose é o constituinte sólido predominante no leite, variando de 2 a 8% do total de sólidos. É um produto obtido a partir da cristalização do soro de leite, que é por sua vez um derivado da indústria queijeira. O soro de queijo é o mais abundante subproduto da indústria de lacticínios (Montes, 2004) e ainda é descartado indevidamente em rios e mananciais. Para isso, são realizados processos de recuperação de constituintes, por exemplo, a lactose, produto de grande interesse industrial devido a seu alto valor agregado quando em sua forma cristalina. Seu preço está na faixa de US$ 5.000 por tonelada (Brito, 2007) . Muitos estudos são feitos com a lactose devido a suas propriedades físico-químicas, sua aplicação como substrato de fermentação, o comportamento de sua cristalização e seu amplo leque de utilidades nas indústrias alimentícia e farmacêutica. É empregada na fabricação de produtos alimentícios para potencializar o aroma, reduzir o sabor doce e para conservar o alimento por mais tempo. Em sua forma pura, se torna uma fonte de galactose, açúcar que tem importância nos cerebróxidos que são lipídeos presentes nos tecidos nervosos (Vogelaar e Pawlowsky, 1997). É Área temática: Fenômenos de Transporte e Sistemas Particulados 1
doi:10.5151/chemeng-cobeq2014-1368-19619-171341 fatcat:37hupkscefg6davvb7vep57bbe