TREBLINKA (1942-1943): a vida e a fuga de um campo de concentração

Júlio César Virgínio Costa
2012 Tempo e Argumento  
Uma recensão é por si só uma tarefa dificílima, pois, em poucas linhas, busca-se descortinar as tramas, os enredos e as nervuras expostas em obras escritas muitas vezes em dezenas de páginas com enorme maestria. Mas em "Eu sou o último judeu", encontramos um aspecto facilitador dessa empreitada, o ritmo da escrita, as informações detalhadas que por vezes nos levam a um mundo permeado por mitos, dúvidas e sentimentos diversos: o interior de um campo de concentração nazista. Como lembra Beatriz
more » ... rlo (2010, p. 9) em seu livro: Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva, "o retorno do passado nem sempre é um momento libertador da lembrança, mas um advento, uma captura do presente." 1 * Doutorando em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor do Colégio Loyola -Belo Horizonte. Assim, compreendemos a memória como um campo de estudo da História, mas não se confundindo com a História. A ciência História se debruça sobre a memória e obviamente sobre o passado para tentar reconstruir um discurso sobre os acontecimentos. Discurso esse sempre fragmentário e incompleto pela própria natureza dessa ciência, o que não invalida de modo algum sua condição de ciência. Assim o presente que nos inquieta nos faz revisitar o passado em busca da reconstrução de determinados eventos. A memória como instrumento de análise da História se configura como 1 SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
doi:10.5965/2175180304022012209 fatcat:ahuhrewftjckzhg7iq6og3ilw4