DESENVOLVIMENTO DE SECADOR SOLAR PARA FRUTAS E HORTALIÇAS

G. S. A., J. A. O. S., A. S. S., D. S. S., M. F. T. R., A. D.
2018 IV Encontro Nacional da Agroindústria   unpublished
elevada taxa de incidência solar, proporciona condições favoráveis à conservação de alimentos, principalmente de vegetais através da secagem. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um secador solar, aproveitando a energia renovável, usado para desidratação de diferentes frutas e hortaliças. Para tanto, foram usados materiais econômicos e de fácil acesso. Os vegetais utilizados foram: banana, fruta-pão, maçã e batata, adquiridos da região semiárida. Para avaliar os parâmetros do processo,
more » ... ram avaliadas as temperaturas e umidade relativa, que afetam na taxa de secagem. Foram realizadas análises físico-químicas de pH, acidez total titulável, sólidos solúveis totais e cor. Modelos matemáticos (Page e Brooker) foram utilizados para descrever a cinética de secagem. As polpas de fruta-pão, banana, maçã e batata apresentaram valores médios aproximados de 5,47, 4,67, 3,92, 6,32 ºBrix, respectivamente. No seu estado desidratado, na mesma sequência, as polpas apresentaram valores médios de, aproximadamente, 0,73% 5,96, 0,07%, 5,26, 0,73%, 4,23, 0,41%, 5,26 para acidez titulável e pH, respectivamente. A temperatura interna foi superior à externa ambiente nos diferentes dias, tendo em média pico de 52°C e a ambiente de 45°C. A secagem e ajuste dos modelos foram significativos. A viabilidade térmica e econômica do sistema alternativo se mostraram eficientes. PALAVRAS-CHAVE: baixo custo; cinética de secagem; desidratação; energia solar; INTRODUÇÃO O Brasil é um grande produtor de produtos de origem vegetal. De acordo com o Ministério da Agricultura, é o terceiro maior produtor mundial de frutas, participando com 12,35% da produção total em 2005. A maior parte da produção destina-se ao mercado interno e uma pequena parcela é vendida em mercados exteriores (GUIMARÃES, 2015) . Atualmente, o país participa com cerca de 2% das exportações mundiais de frutas. Cerca de 53% da produção brasileira é destinada ao mercado de frutas processadas e 47% ao mercado de frutas frescas (FOOD INGREDIENTS BRASIL). Na maioria dos países tropicais em desenvolvimento, a abundância natural de frutas tropicais frescas leva freqüentemente a um excedente com respeito à demanda local. As frutas e hortaliças são classificadas como perecíveis devido ao seu alto teor de água (acima de 80 %), e estima-se que, entre a colheita e a chegada à mesa do consumidor, ocorram perdas quantitativas ou qualitativas em ordem de 50% para alguns produtos. (SILVEIRA, 2016) . Apenas uma quantidade limitada de produtos destes frutos produzida é comercializada. Este fato evidencia a urgente necessidade de processos simples e baratos, que possam oferecer caminhos para conservar estes alimentos extremamente perecíveis (ALMEIDA et al., 2016).
doi:10.17648/enag-2018-91649 fatcat:u3axuwdir5gs3ex4iwkls4put4