Efeito do uso de óleo de vísceras de aves oxidado na ração de frangos de corte sobre o desempenho, a composição da carcaça e a estabilidade oxidativa da carne da sobrecoxa

Aline Mondini Calil Racanicci, José Fernando Machado Menten, Marisa Aparecida Bismara Regitano d'Arce, Lílian Marques Pino
2008 Revista Brasileira de Zootecnia  
Foi conduzido um experimento utilizando-se 200 pintos de corte da linhagem Ross de 10 a 40 dias de idade alimentados com ração à base de milho e farelo de soja e suplementada com 4% de óleo de vísceras de aves fresco ou oxidado, com o objetivo de avaliar os efeitos da qualidade do óleo utilizado nas rações sobre o desempenho de frangos de corte e a estabilidade oxidativa da carne de sobrecoxa congelada. Óleo de vísceras recém produzido com absorbâncias específicas de 5,80 a 232 nm e 0,690 a 532
more » ... nm, indicando a presença de quantidades mínimas de compostos de oxidação, foi congelado (-18ºC) até o momento da produção das rações. O óleo oxidado foi produzido a partir deste mesmo lote, que foi aquecido em uma fritadeira elétrica com temperatura em torno de 110 a 120ºC até atingir absorbâncias específicas de 11,33 (232 nm) e 2,31 (532 nm), caracterizando o acúmulo de compostos de ranço. Aos 41 dias de idade, 136 animais foram abatidos para avaliação das características de rendimento da carcaça e das partes e as sobrecoxas desossadas e sem pele foram embaladas e mantidas sob congelamento (-20ºC). O acompanhamento do processo de oxidação lipídica da carne congelada foi avaliado mensalmente pela determinação dos compostos secundários da oxidação (TBARS). O uso do óleo de vísceras oxidado não afetou o desempenho das aves, nem as características principais da carcaça. A partir do sexto mês de armazenamento, a estabilidade oxidativa da carne de sobrecoxa congelada foi comprometida pelo consumo de rações contendo o óleo oxidado, evidenciado pelo maior valor de TBARS.
doi:10.1590/s1516-35982008000300009 fatcat:yj2d2fb7hrck5jao3eyb5sob2q