Visualidades interrompidas
Michal Kirschbaum
2018
OuvirOUver
Kirschbaum é artista visual, pesquisadora e docente. Doutoranda do programa de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e mestre em Investigação Artística pela Universidade de Amsterdam (UvA). Sua pesquisa se desenvolve nas temáticas e práticas relacionadas à fotografia contemporânea, ao desenho e à fotomontagem, e nas suas relações com questões que surgem a partir de teorias do lugar, do espaço e da paisagem e das respectivas operações espaciais em
more »
... nessas instâncias. É professora no curso de Artes Visuais da UDESC. RESUMO Este artigo desenvolve uma linha de reflexão a partir de trabalhos de fotografia que apresentam recortes ou obstruções. O texto desdobra algumas questões que se originaram a partir de procedimentos onde áreas de um referente foram ocultadas de nosso olhar. Tais procedimentos geraram possibilidades teóricas e poéticas principalmente em relação ao sentido de lugar e espaço, atingindo o tema da paisagem e sua representação e contribuindo assim aos debates contemporâneos da Fotografia. O artigo se debruça sobre os trabalhos de Marina Camargo, os quais são analisados através de um foco nas performances e articulações que circundam toda produção visual e a produção do olhar. Uma articulação teórica é posta em ação junto às reflexões de Michel de Certeau, Jacques Derrida, Yve Lomax e Robert Smithson, onde encontra um lugar para pensar a fotografia e alguns processos da própria visualidade humana. PALAVRAS-CHAVE Fotografia e lugar, operações espaciais, desconstrução. ABSTRACT This article develops a line of reflection from photography works that present cuts or obstructions. The text unfolds some issues that departed from the procedures where areas of a referent were hidden from our gaze. Such procedures generated theoretical and poetical possibilities especially in relation to the sense of place and space, reaching the subject of landscape and its representation and therefore contributing to contemporary debates on Photography. The article focuses on the works of Marina Camargo, which are analyzed with a focus on the performances and articulations that surround all visual production and the production of the gaze. A theoretical articulation is put in action along articulations of Jacques Derrida and Hal Foster where it finds a place to think Photography and some processes of the human gaze.
doi:10.14393/ouv23-v14n2a2018-21
fatcat:b4tdyupsebhpliy2xcgzb3xqo4