A ABSTRAÇÃO DO NARRADOR NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E DA REPRESENTAÇÃO SOCIAL NOS ROMANCES CIDADELA, DE SAINT-EXUPÉRY E CIDADES INVISÍVEIS, DE ÍTALO CALVINO • THE ABSTRACTION NARRATOR IN CONSTRUCTION OF MEMORY AND SOCIAL REPRESENTATION OF THE NOVELS THE CITADEL, BY SAINT-EXUPERY AND INVISIBLE CITIES, BY ITALO CALVINO

Juliana Carolina, Silva
unpublished
We propose, in this study, observe how the abstraction of the narrator can relate to memory and representation. Both Citadel (1940), by Antoine de Saint-Exupéry, the Invisible Cities (1975), Ítalo Calvino, are woven with references to culture, from subjectifications reality that recreate identities of modern cities in own land, building images and concepts that drive the reader profound insights about the man and modern society. The account of experiences disintegrates as the narrator tries to
more » ... emain neutral, in the many ideologies disseminated in modern society, avoiding reality, however, when we fractionate in metaphors that recreate the multiple elements of the social world, just falling back in the representation of contemporary man. Resumo Propomos, no presente estudo, observar como a abstração do narrador pode se relacionar com a memória e a representação. Tanto Cidadela (1940), de Antoine de Saint-Exupéry, quanto As Cidades Invisíveis (1975), de Italo Calvino, são tecidos com referências à cultura, a partir de subjetivações da realidade que recriam identidades, num terreno próprio das cidades modernas, construindo imagens e conceitos que impulsionam o leitor a profundas reflexões acerca do homem e da sociedade moderna. O relato de experiências se desintegra à medida que o narrador procura se manter neutro, frente às diversas ideologias disseminadas na sociedade moderna, evitando a realidade, entretanto, ao se fracionar em metáforas que recriam os múltiplos elementos do mundo social, acaba recaindo na representação do homem contemporâneo. Texto integral INTRODUÇÃO A memória se constitui como um conjunto de referências aos momentos vividos, percebidos ou herdados por cada pessoa, estando em constante reconstrução. São impressões de cada pessoa que fazem com que suas lembranças sejam peculiares. Entretanto, conforme explica Maurice Halbwachs, apesar de bastante particulares, as imagens subjetivas se alteram a partir das experiências sociais, no contato com as diversas memórias de grupos e instituições, uma vez que "cada memória individual é um ponto de vista sobre a memória coletiva, que este ponto de vista muda segundo o lugar que ali ocupo" (HALBWACHS, 2002, p. 69).
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