Michel Nicolau Novas formas de associação entre Estado e nação: marca-nação e a desestabilização de um hífen na globalização New forms of association between state and nation: nation-brand and the destabilization of a hyphen in globalization

Michel Nicolau
unpublished
Resumo: Ao contrário do que previsto por alguns autores, a globalização não significou o fim do Estado-nação, que não apenas se mantém operando, mas mesmo opera como um elemento central para a própria produção da globalização. É necessário, então, se perguntar se Estado-nação não foi transformado. Essa não é um pergunta nova, mas neste artigo vamos buscar explorá-la por um aspecto específico, a relação entre Estado e nação. Por isso, este artigo pode ser pensado como uma reflexão sobre o hífen.
more » ... Faremos isso a partir de uma percepção: os Estados têm se demonstrado cada vez mais atentos à nação. Isso se demonstra pelas frequentes ações de promoção internacional das nações e pelo desenvolvimento de projetos de marketing denominados marca-nação. Argumento aqui que isso se dá pela simultaneidade de dois processos: de um lado, Estado e nação passam a operar na globalização, de forma relativa, autonomamente um do outro; de outro, a valorização das identidades, como elemento de uma economia simbólica global, eleva o interesse do Estado em controlar a nação, o que faz, contudo, agora em um espaço em que outros agentes compartilham o mesmo interesse. Palavras-chave: Estado-nação, identidade nacional, marca, globalização Abstract: Nation-states have not vanished in the globalization, as some authors have predicted. On contrary, they operate as an important element to produce globalization. We should question, however, if nation-state has been transformed. This is not an original question, but here we will explore it observing the relation between State and Nation. This article is, therefore, about the hyphen. We draw our investigation from the following perception: the States are increasingly attentive with the nation. It can be perceived in the frequent international promotion of nations and by the development of marketing projects named as nation branding. It will argued here that it happens for the simultaneity of two processes: on the one hand, State and nation operate in the globalization relatively autonomously one from the other; on the other hand, the valuing of the identities, as an element of a global symbolic economy, raises the interest of the State to control the nation. It does so, however, in a space in which other agents share the same interest.
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