DESENVOLVIMENTO HUMANO E DESIGUALDADE REGIONAL: UMA DISCUSSÃO PARA O ESTADO DE RONDÔNIA
Cleiton Frano, Karine Medeiros Anunciato
2016
Revista UNEMAT de Contabilidade
RESUMO O presente estudo tem o propósito de analisar o painel dos indicadores sociais para o estado de Rondônia. A orientação teórica utilizada na discussão envolve a multidimensionalidade da pobreza e aspectos da desigualdade social. Foi delimitado como corte analítico os anos de 2001 a 2011 dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Censo Demográfico de 2010 do IBGE e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil de 2013. Em 2010, Rondônia apareceu com 15º colocado no
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... anking dos estados brasileiros com IDH de 0,69. A proporção de pobres no estado tem apresentado redução, resultando em menor valor indicativo no ano de 2011 (19,60%) consideravelmente menor que 2003 (44,85%). No ano de 2010 apenas 49, dos 52 municípios, apresentaram Índice de Gini maior ou igual a 0,50. Palavras-chave: indicadores sociais; políticas sociais; IDH; pobreza. 1 INTRODUÇÃO O Brasil ocupa hoje, em termos de desigualdade social, a 116ª. Posição na lista de países com menor índice de desigualdade social, atrás, por exemplo, da Etiópia, atualmente na 11ª. posição. A lista é liderada por países como Dinamarca, Japão e Suécia. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011) apresenta resultados que confirmam que a primeira década do século 21 no Brasil foi "inclusiva" do ponto de vista social, com robusta diminuição da desigualdade e redução da pobreza, na avaliação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Este período apresenta os melhores resultados desde o início quando o país passou a informar estatísticas sobre distribuição de renda. O índice de Gini (indicador que mede a desigualdade) foi 0,527 em 2011 -o menor desde 1960 (0,535) -quanto mais próximo de zero menor é a desigualdade. Esta redução se deve ao crescimento da renda per capita nos diferentes estratos sociais. Entre 2001 e 2011, o crescimento real da renda dos 10% mais pobres foi 91,2%. Enquanto que para os 10% mais ricos, o crescimento foi 16,6%. Na opinião do Ipea, a melhoria da renda na base da pirâmide relativiza o tímido desempenho das contas nacionais (medido pelo Produto Interno Bruto -PIB). Nas contas do Ipea, as transferências do Programa Bolsa Família são responsáveis por 13% da redução da desigualdade. O efeito é gerado pela renda que cresce mais entre os menos escolarizados, os pretos e pardos, as crianças de até 4 anos, a população do Nordeste e os residentes em áreas rurais, o que numa análise histórica, são os setores mais pobres da sociedade brasileira.
doi:10.30681/ruc.v5i9.814
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