ANÁLISE DE FLUORESCÊNCIA E BIOENSAIOS COMO MÉTODO DE CARACTERIZAÇÃO DA REMOÇÃO DE MICROCISTINA POR ADSORÇÃO PELO BAGAÇO DE CANA

A. R. ALMEIDA, T. S. COPELLI, T. A. PAGIORO
2015 Anais do XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química   unpublished
RESUMO -O processo de tratamento de água para consumo humano, quando apresenta cianobactérias na água a ser tratada, pode promover lise dessas células e algumas espécies liberam toxinas, que, dependendo das concentrações dessas na água tratada ocasiona a possibilidade de óbito ao ser humano, pois o tratamento convencional não consegue retêlas facilmente. Diante disso, o presente trabalho avaliou o efeito da adsorção do bagaço de cana com filtro de areia sobre a capacidade de remoção de
more » ... ina do cultivo da cianobactéria Microcystis aeruginosa. O uso do bagaço junto ao filtro de areia sugeriu uma possível alternativa, somado a alta disponibilidade e baixo custo desse subproduto, para retenção da microcistina. O monitoramento da toxina foi através da análise de fluorescência e bioensaios ecotoxicológicos com Daphnia magna que apresentaram uma possível viabilidade sem a demanda de recursos sofisticados ou técnicas muito apuradas para identificar a eficiência da remoção da microcistina. INTRODUÇÃO O crescimento das florações de cianobactéria ocorre principalmente devido a excesso de compostos fosfatados e nitrogenados, o Brasil por possuir alta produção agrícola faz o uso constante de fertilizantes, esses são ricos naqueles componentes que no solo podem atingir o lençol freático e favorecem a eutrofização da água (BRASIL, 2003) . Assim como a descarga de esgoto doméstico e industrial sem tratamento também contribuem para esse crescimento. O maior problema das florações de cianobactéria é que algumas espécies eliminam substâncias tóxicas para o meio ambiente; e dependendo da concentração e do tempo de contato com essas, podem levar tanto o animal como o homem a óbito; por exemplo, a morte de 70 pessoas em Caruaru, Pernambuco, durante tratamento de hemodiálise utilizando a água contaminada com toxina de cianobactéria (SANCHES et al.,2012; e CARVALHO et al., 2013).
doi:10.5151/chemeng-cobeq2014-0991-21863-181706 fatcat:gwquyjkqsnc5tbr27uf35f5h2u