Experiências Transformadoras Relato De Uma Experiência De Ginecologia Autônoma Account of an "Autonomous Gynecology" Experience

Carneiro Oliveira, Sau
2016 Transf. Soc   unpublished
Resumo: O presente trabalho tem como tema a experiência de mulheres em uma oficina ocorrida na cidade de Taguatinga-Distrito Federal, no Espaço Cultural Mercado Sul, representado também pelo grupo denominado "Coletivo Eu Livre". Buscou-se compartilhar e descrever as concepções de feminino que se criam, se reproduzem e se manifestam na vivência de ginecologia autônoma proposta pelo Coletivo. Essa pesquisa se configura como um relato de experiências. A análise foi dividida em três momentos:
more » ... ivo, teórico e considerações finais. Os assuntos mais abordados pela vivência foram: autocuidado, menstruação, "TPM", masturbação, "alta magia", orgasmo e alimentação. A vivência gerou provocações no sentido de conhecer novos estilos de vida e refletir as possibilidades de atuação em Terapia Ocupacional. Palavras-chave: autocuidado; saúde da mulher; educação em saúde; medicina tradicional. Abstract: This paper addresses the experiences of women who attended a workshop that took place at Taguatinga, Distrito Federal, Brazil, at Espaço Cultural Mercado Sul, also represented by a group known as "Coletivo Eu Livre". It aims to share and describe conceptions of the feminine created, reproduced and manifested during experiences of "autonomous gynecology" promoted by the aforementioned group. This study is presented as an account of experiences, and its analysis is divided in three parts: reflections, theory and final comments. The most mentioned topics during the experiences were: self-care, menstruation, PMS, masturbation, "high magic", orgasm and eating. The experiences provoked interest in new lifestyles, as well as reflections on the possibilities of Occupational Therapy practices. 1.Introdução O presente trabalho tem como tema a experiência de mulheres em uma oficina ocorrida na cidade de Taguatinga-Distrito Federal. Para compreendermos, tomamos por base as vivências e relatos das mulheres acerca de suas trajetórias. A representação da saúde-doença está condicionada à organização dos grupos sócio-culturais que os envolve, influenciando suas concepções tanto individuais como coletivas. Ou seja, ao se deparar com relatos dos processos saúde-adoecimento devemos considerar os sujeitos, suas concepções e representações integradas ao seu contexto cultural. Para a recuperação da saúde e pelo restabelecimento do equilíbrio biopsíquico, o sujeito e a coletividade lançam mão de recursos naturais e de práticas existentes em seu meio social para o alívio e cura de seus males. Nesse cenário aparece o Espaço Cultural Mercado Sul em Taguatinga, no Distrito Federal, com seus sistemas de cuidado representados também pelo grupo denominado "Coletivo Eu Livre", criado em 2011 por uma terapeuta com formação em curso técnico de enfermagem e experiência de trabalho no Sistema Único de Saúde-SUS-que não se sentia realizada com o cuidado ofertado e por entender que cuidado ultrapassava as medicações e tecnologias. O que nos remete a modos de compreenderem a si e a seu mundo e a seus modos de interagir¹. Nesse período a terapeuta fazia tratamento com homeopatia e buscou na Medicina Chinesa a formação da qual necessitava.
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