Determinantes do consumo de tabaco durante a gravidez e vigilância de gravidez

Emília Coutinho, Carlos Pereira, Paula Nelas, Claudia Chaves, Odete Amaral, Carla Cruz
2018 International Journal of Developmental and Educational Psychology Revista INFAD de psicología  
Uma gravidez sem consumo de tabaco traduz-se em mais saúde para a mãe e para a criança. A vigilância de gravidez assegura a identificação atempada de fatores de risco e a possibilidade de uma assistência pré-natal precoce que previna complicações. O enfermeiro assume-se como um profissional de charneira na promoção de saúde e prevenção de complicações no acompanhamento da mulher/casal ao longo da gravidez e na consciencialização da importância de adoção de estilos de vida saudáveis. Objetivo:
more » ... entificar os determinantes do consumo de tabaco e vigilância da gravidez. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, com uma amostra de 3232 mulheres que foram mães. O estudo foi realizado em 32 maternidades/hospitais com maternidade, de Norte a Sul de Portugal, no serviço de obstetrícia/internamento de puérperas, entre os anos de 2010 e 2012. O instrumento de colheita de dados foi o questionário que permitiu a caracterização sociodemográfica da amostra com uma idade média das mulheres de 28,75 anos (dp=±5,463 anos), 78,2% de nacionalidade portuguesa e 21,8% estrangeiras. Foram assegurados os procedimentos éticos, e o estudo teve a autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados para além dos pareceres favoráveis das Comissões de ética das instituições envolvidas. Os dados foram tratados com o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 24 para Windows.Resultados: A mulher que vive com companheiro, e que não planeou a gravidez tem maior probabilidade de vigilância adequada de gravidez e não consumir tabaco durante a gravidez. Por outro lado, o local de residência em meio rural, mulher com formação profissional superior ou formação técnica, que não exerce uma profissão, que teve problemas de saúde durante a gravidez e que não efetuou preparação para o parto apresenta menor probabilidade de não vigiar a gravidez e consumir tabaco. Conclusão: A vigilância adequada de gravidez assegura a identificação atempada de fatores de risco como o consumo de tabaco e a possibilidade de uma sensibilização atempada da mulher/casal para uma gravidez sem tabaco e para a prevenção de complicações.
doi:10.17060/ijodaep.2018.n1.v3.1285 fatcat:nalrauwsenb2xjmiknzhyzsbfi