Sol Iustitiæ: a celebração do Natal numa perspetiva genética

Nuno Duarte Da Silva Queirós
2020
Introdução Inicialmente Natal e Epifania constituíram celebrações com objeto idêntico, a Encarnação do Verbo e a manifestação do Senhor, mas com matizes e práticas diferentes e complexas no Ocidente e no Oriente, como se prova pelas duas denominações: no Oriente, o Mistério da Encarnação começou a celebrar-se a 6 de janeiro, com a festa da Epifania; no Ocidente, o mesmo mistério era celebrado em Roma a 25 de dezembro, com o nome de Natalis Domini. Depois de um intrincado intercâmbio cultural e
more » ... eligioso, ambas as festividades viriam a ser permutadas, numa segunda fase e pouco uniformemente, tendo o Ocidente adotado a Epifania, e o Oriente, o Natal, com conteúdos celebrativos por vezes distintos e variados em cada Igreja. O presente estudo histórico procurará apresentar uma reflexão atual do ponto de vista genético e exclusivamente sobre as origens da festa ocidental, o Natal, celebrado a 25 de dezembro, a partir do estudo das duas teses clássicas que dividiram desde o século XIX a investigação de historiadores, teólogos e liturgistas.
doi:10.34632/humanisticaeteologia.2015.9284 fatcat:zn2zsnzogrerhcoy62mjgcfdba