RESUMO Produtos florestais colhidos (PFC) são potencialmente considerados sumidouros de carbono (C), sendo contabilizados em inventários de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). Não existem estudos específicos sobre os teores de carbono em papeis produzidos no Brasil, o que conduz ao uso de valores default desenvolvidos em outros países. Este trabalho analisou os teores de C em 252 amostras de diferentes tipos de papeis produzidos no Brasil, sendo: revestido (coated), filtro,

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... danapo, higiênico, toalha, de imprimir, jornal, pardo, embalagem e de cigarros. Os papeis foram secos a 70 o C em estufa e submetidos a análise por combustão a seco. Foram realizados os testes estatísticos de ANOVA e Tukey para comparação. Os teores de C variaram de 26,43 a 47,50% e houve diferença estatística a 99% de probabilidade entre os tipos de papeis. As médias dos teores por tipo de papel foram as seguintes: revestido (30,17%), filtro (41,93%), guardanapo (41,85%), higiênico (41,02%), toalha (41,48%), de imprimir (36,15%), jornal (46,46%), pardo (41,55%), embalagem (38,985) e de cigarros (31,02%). Papeis com menor grau de processamento industrial apresentaram maiores teores de C. Isso decorre da maior fração de material lenhoso vegetal por unidade de peso. O default do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), de 38,60%, pode ser considerado adequado para alguns papeis, mas não para a maioria. Concluiu-se que, ao realizar inventários de emissões de GEE, o Brasil para contabilizar as emissões e remoções em papeis utilize os teores de C deste este estudo, por serem mais adequados à realidade do País.