CONTRA-HEGEMONIA: um caminho possível para o ensino de ciências

Rodrigo Trevisano, Glória Regina Pessôa Campello Queiroz, Lais Rodrigues Silva
2018 Revista Cadernos da Educação Básica  
Introdução Compreende-se a escola como uma instituição da esfera pública a serviço da sociedade que precisa ser capaz de formar cidadãos menos conformistas, aptos a entenderem a ordem social vigente de forma crítica e encontrar seu papel nesse contexto. Para tal, o professor deve ser um intelectual transformador, como afirma Giroux (1997), tornando-se agente crítico na edificação dos currículos. A indagação que se manifesta nesse texto é: qual o papel docente na transformação da escola para a
more » ... nstrução de um caminho contra-hegemônico para o ensino de ciências? Para isso entende-se que o docente precisa refletir sobre algumas questões que se tornam vitais para a concretização do que é, por enquanto, mera expectativa. Todo engajamento e ativismo que estamos tentando construir tem como primeiro objetivo mudar as condições de trabalho do professor. Não falamos de condições apenas materiais, o que defende-se no âmago de nossa reflexão é fugir do modelo pedagógico hegemônico que concebe o ato de ensinar como um ato muito mais técnico do que crítico (GIROUX, 1997). As necessidades de um ensino de ciências contra-hegemônico Laclau (1998) entende hegemonia como uma intervenção discursiva que busca a universalização de um discurso tendo como partida as ausências no campo social. O autor trabalha na perspectiva da subjetividade com base na imagem do outro, tentando suprir o que o mesmo não tem, produzindo figuras poderosas e significativas. Para que professores de ciências construam entendimento sobre as particularidades do conhecimento e da ciência que pretendem ensinar adotando práticas pedagógicas
doi:10.33025/ceb.v3i1.1792 fatcat:66lpizstzrdz5f75hxqz6vslfu