A maior velocidade e o menor tempo de exercício em que o VO2max é alcançado na corrida

Tiago Turnes, Rafael Alves de Aguiar, Rogério Santos de Oliveira Cruz, Felipe Domingos Lisbôa, Amadeo Félix Salvador, João Antônio Gesser Raimundo, Kayo Leonardo Pereira, Fabrizio Caputo
2015 Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano  
The severe-intensity domain has important applications for the prescription of running training and the elaboration of experimental designs. The objectives of this study were: 1) to investigate the validity of a previously proposed model to estimate the shortest exercise duration (T LOW ) and the highest velocity (V HIGH ) at which VO 2 max is reached during running, and 2) to evaluate the effects of aerobic training status on these variables. Eight runners and eight physically active subjects
more » ... erformed several treadmill running exercise tests to exhaustion in order to mathematically estimate and to experimentally determine T LOW and V HIGH . The relationship between the time to achieve VO 2 max and time to exhaustion (Tlim) was used to estimate T LOW . V HIGH was estimated using the critical velocity model. V HIGH was assumed to be the highest velocity at which VO 2 was equal to or higher than the average VO 2 max minus one standard deviation. T LOW was defined as Tlim associated with V HIGH . Runners presented better aerobic fitness and higher V HIGH (22.2 ± 1.9 km.h -1 ) than active subjects (20.0 ± 2.1 km.h -1 ). However, T LOW did not differ between groups (runners: 101 ± 39 s; active subjects: 100 ± 35 s). T LOW and V HIGH were not well estimated by the model proposed, with high coefficients of variation (> 6%) and a low correlation coefficient (r<0.70), a fact reducing the validity of the model. It was concluded that aerobic training status positively affected only V HIGH . Furthermore, the model proposed presented low validity to estimate the upper boundary of the severe-intensity domain (i.e., V HIGH ), irrespective of the subjects' training status. Resumo -O domínio severo tem importantes aplicações para a prescrição do treinamento de corrida e elaboração de delineamentos experimentais. O estudo teve como objetivos: 1) investigar a validade de um modelo proposto previamente para estimativa do menor tempo de exercício (T INF ) e maior velocidade (V SUP ) em que o VO 2 max é alcançado na corrida; e 2) comparar os efeitos do estado de treinamento nestes parâmetros. Oito corredores e oito indivíduos fisicamente ativos realizaram uma série de testes até a exaus tão em esteira rolante para estimar matematicamente e determinar experimentalmente o T INF e V SUP . A relação entre tempo para atingir o VO 2 max e tempo de exaustão (Tlim) foi usado para estimar o T INF . A V SUP foi estimada pelo modelo de Velocidade Crítica. V SUP foi assumida como a maior velocidade em que o VO 2 foi igual ou maior que a média do VO 2 max menos um desvio padrão. T INF representou o Tlim associado a V SUP . Corredores apresentaram melhor aptidão aeróbia e consequentemente, maior V SUP (22,2 km.h -1 ) do que sujeitos ativos (20,0 ± 2,1 km.h -1 ). Entretanto, T INF não foi diferente entre grupos (Corredores 101 ± 39; Ativos: 100 ± 35 s). V SUP e T INF não foram bem estimados pelo modelo proposto e apresentaram altos coeficientes de variação (> 6%) e baixa correlação (r < 0,70), o que diminuiu a sua validade. Pode-se concluir que o estado de treinamento aeróbio afetou positivamente apenas a V SUP . Além disso, o modelo proposto apresentou baixa validade para predição do limite superior do domínio severo (V SUP ) independentemente do estado de treinamento dos indivíduos. Palavras-chave: Aptidão física; Corrida; Educação física e treinamento; Exercício; Consumo de oxigênio.
doi:10.5007/1980-0037.2015v17n2p226 fatcat:e7atyuy3bjhqnj2nq7qxhwmjzy