Autonomia(s) no trabalho do enfermeiro na atenção básica [thesis]

Franciele Maia Marciano
AGRADECIMENTOS São muitas pessoas que fizeram parte deste momento, e de outros que também se materializam nesta etapa, são pessoas que amo, que admiro, que respeito. Agradeço primeiramente à Deus, pela vida, e por ter guiado meus caminhos para que agora pudesse concluir, e pelas pessoas que estiveram e estão neste meu caminho. À minha mãe Beatriz, meu espelho, minha amiga, leva a vida com a alegria de uma criança, mas com a responsabilidade de uma mulher. Pessoa linda, de um coração imenso,
more » ... re me incentivou a ir, mesmo sofrendo com a saudade. Que bom que cada reencontro é como se nunca tivesse ido! "Eu tenho tanto... a te falar, mas com palavras, não sei dizer... Como é grande, o meu amor, por você!" À minha irmã Flávia, enfermeira que sempre me incentivou a buscar! Obrigada pela intensidade de vida que há em você, e que transborda a quem te rodeia, pelo ânimo que tanto me animou, e obrigada pela bondade que você tem comigo. "Tô louca pra te ver chegar, tô louca pra ter nas mãos, deitar no teu abraço, retomar o pedaço, que falta no meu coração..." Amo-te meu bebê! Ao meu paizinho Eni, pela coragem em seguir caminhos muitas vezes solitários e difíceis. Obrigada pelas conversas, pelos conselhos, pela amizade. Sinto saudade da sua presença desde o meu acordar até o meu adormecer, bons tempos que sempre guardarei no meu coração! "É de alegria que meus olhos choram... pai aonde você vai, pode não sobrar um lugar pra sua filha, mas tenha certeza que eu vou sempre estar, perto de você onde quer que vá." Amo muito o senhor! Ao meu amor Leandro, pelas renúncias ao longo desses anos, por me completar, por entender minha ausência, meus estresses, e por sempre ter esse lindo sorriso no rosto e me dar tanto amor e carinho. Saiba que: "Ficar sem você é saudade demais, sem os seus carinhos não vivo jamais, se você soubesse o quanto eu te quero, ficaria comigo... por toda a vida". Amo você! Aos meus familiares que sempre acreditaram em mim, dando-me força para sempre continuar, sempre acreditar! Obrigada aos primos, tios e padrinhos tanto da família Maia Marciano, quanto da família que me adotou, os Silva de Goiás! Ao meu avô Pedro Marciano, vovô Negrinho, pelo carinho, voz suave, olhos que me lembram a doçura do céu e a força do mar! Amo muito o senhor! Aos meus tios César e Sueli, por me darem o maior presente destes últimos anos: César e Marco, vidas da minha vida! Tio, obrigada pela força na ida para Ribeirão Preto, na volta para Uberlândia e Cumari, pelas mudanças, caronas. Família obrigada por sempre me acolherem em São Paulo e sempre serem presentes na minha vida! Amo muito essa família! Ao meu tio Jessé, artista inteligente, nunca mediu suas palavras comigo, nas conversas, nem sempre amigáveis, sempre terminávamos mais amigos ainda. Homem verdadeiro e sincero. Amo você. Ao meu tio Vilmar, meu querido doutor em educação! Quanta força e coragem obtive de ti! Quantas horas passamos juntos conversando sobre projeto de vida, de mestrado, de sonhos! Você é um exemplo de dedicação! A minha madrinha Cleide, pelo seu sorriso lindo sempre estampado, olhos marejados de alegria e entusiasmo sempre presente! Amo você! Aos meus sogros José Sebastião e Madalena. Zé, sempre firme, você nunca me enganou com sua braveza, por trás dela há o cuidado comigo. Doce Madá, agradeço por Deus ter me dado mais uma mãe. Como mãe é coisa boa! Tenho duas! Obrigada por tudo, nem tenho palavras para expressar o quanto a admiro. Amo muito a senhora. Aos meus cunhados Miliana, Heber e Mateus. Quantos momentos vividos nesses anos... quantas risadas, alegrias, momentos prazerosos que sempre estarão na minha memória. Miliana, a irmã mais velha que não tive na vida adulta, mulher inteligente, perseverante, mestre que me incentivou a buscar mais! Hebinho, que quantas vezes lidou com o irmão para defender a cunhada, parceiro de inúmeras festas! Má, enfermeiro, trabalhador, apoiou sempre minhas escolhas, obrigada por fazer minha irmã feliz! À minha orientadora Cinira Magali Fortuna, que já conhecia sem nunca nos virmos, sincera, exemplo de enfermeira, professora, amiga, mãe, mulher. Obrigada por sempre acreditar nas minhas potencialidades, por instigar-me a buscar, estudar, ler, e é claro escrever: "Tem que começar!". Obrigada por ter começado comigo, continuado, e hoje estarmos finalizando esta etapa, para prosseguirmos juntas em outras! À professora Silvia Matumoto, obrigada por me "adotar" na ausência física da Cinira. Pelos encontros nas disciplinas, nas supervisões, nas conversas na cantina, na sua sala, nas unidades de saúde. Obrigada pela convivência repleta de aprendizagem. Você é exemplo para mim! Às professoras Zezé Bistafa e Silvana Mishima, pelo aprendizado compartilhado nas disciplinas, pelas contribuições no exame de qualificação e principalmente pelo carinho e atenção com que me receberam na Escola! À minha amiga Eliane Abdias, obrigada por ser sempre amiga, por ser sempre presente. Você representa aqui o grupo que me conformou enquanto enfermeira e pessoa, saudades da turminha: Fernanda, Lígia Inês, Lorença, Sonaly e Wesley. À minha amiga Juliana, nunca me esquecerei da frase dita, ora parece fazer séculos, ora parece ter sido dita ontem: "Vamos descer o mapa?", e acreditamos, lutamos, obrigada pelos momentos de força, quando eu queria desistir, pela sinceridade e o ombro sempre amigo, obrigada por ser minha irmã. Amo você! À minha amiga Jael, companheira de aulas, seminários, trabalhos, vivência e convivência constante nestes dois anos! Você foi e é muito importante para mim! Obrigada por tudo, por me entender, por me aceitar como irmã, por me aturar! Amo você! À amiga Carol, obrigada por estar por perto, pelos passeios, pelo carinho, você é o esteio da nossa amizade, você representa a infância com queridas amigas: Érika e Thaís, obrigada a vocês! À amiga Mari, pequena grande mulher, pelo sorriso e pela graça que encanta! Você é muito especial! À amiga Rê, obrigada por me mostrar o quanto os olhos enganam o coração! Obrigada por ser amiga, pelo carinho, pela sinceridade, pelas longas conversas, obrigada por ter se tornado minha amiga! Às amigas da pós-graduação: Paula, Tânia, Janaína, Carolina, Amanda, Anna Maria, obrigada pela convivência, pela aprendizagem, pelo carinho! Às trabalhadoras da EERP, Shirley, Lourdes e Eliana, por me ouvirem, pelo carinho e acolhida. Aos queridos trabalhadores da recepção da EERP, que sempre me acolheram com alegria, tanto nas chegadas, quanto nas saídas da EERP. À minha equipe de saúde (Estratégia Saúde da Família de Cumari) que se materializou como exemplo e com reflexões durante o desenvolvimento deste mestrado, por compreenderem minha ausência e pelo apoio ofertado. Seme e Terezinha. Aos meus amigos, pessoas com as quais convivi, e que ficaram na minha vida, mesmo que a própria vida tenha mudado o rumo e a direção de alguns, pessoas que jamais esquecerei. Aos meus amigos presentes! Presentes da vida! Obrigada por entenderem a ausência, as idas e por sempre me receberem de braços abertos. Aos meus amigos enfermeiros, trabalhadores que dão vida ao trabalho em enfermagem. Aos sujeitos da pesquisa, grandes sujeitos, trabalhadores que lutam, que persistem, que constroem. Obrigada por permitirem minha entrada nas vossas vidas. Ao CNPq pela bolsa que foi fundamental, e sem a qual seria impossível a realização deste mestrado com dedicação exclusiva. À EERP, pela oportunidade concedida nas atividades de Monitoria na Atenção Básica, além da bolsa, me (re)aproximou do espaço de atenção às famílias, me fez (re)viver tantos bons momentos, e minimizou a saudade do meu trabalho! E por fim, mas não menos importantes, à vocês usuários, trabalhadores, sem vocês não há sentido no trabalho em saúde, não há sentido em questionar, pesquisar, discutir, sem vocês, não há. Palavras-chave: Processo de trabalho em saúde; Trabalho; Autonomia profissional; Atenção Básica em Saúde; Enfermagem em Saúde Coletiva ABSTRACT MARCIANO, Franciele Maia. Authonomy(ies) in the work of primary health care nurses. 2013. 129 f. Dissertação (Mestrado) -Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. This study takes as an object the Autonomy in the practices of nurses that act in primary health care in a municipality of the state of Minas Gerais. The theoretical methodological frame of reference is the work process in health and and we take autonomy as one of the elements of this process, a light technology produced between workers and users, workers and workers, and workers and managers. Our goal was to identify and analyze the work process of the primary health care nurse, producing autonomy of individuals involved in the relations of production in health care. With the qualitative approach, we conducted participant observation of daily work of two nurses, one from a basic health care unit and another from a family health care unit. We also conducted interviews with twelve nurses from different teams. The data were subjected to content analysis, thematic field, being arranged on two themes: 1. Conceptions of autonomy and 2. Limits and possibilities for the production of autonomy in health work. As prevalent conception is the one of autonomy as something self-centered, related to power to do and decide and as an object that can be given and received. Another conception is the one of relational autonomy in which the possibility of the exercise of autonomy in a relational process with staff, users and managers is understood, but in a hierarchical manner in which the presence of an autonomy weakens or cancels the other. Although there have been observed cases of exercise of autonomy, the subjects don't name them as such. We have built the prospect of autonomy as an exercise to be considered in the plural; autonomies, which is always relational, and may conform itself as horizontal autonomy. In this sense the second category, of limits and potentials, indicate the tutelage as a first step on this process that must be overcome. The lack of working conditions, overload and relationship with the management team are considered as limiting factors of the autonomy by the subjects. Dialectically, they are potential for another labor organization and shape decision-making and less control of the work of another. We also highlight an important element of the work process that is the purpose of it. This seems to be unclear for employees and relates to the resolution of everyday problems and health care needs according to biomedicine logics. The possibilities discussed turn to co-management and continuing health education. We conclude that without the glimpse of a care project that surpasses given logics, autonomy keeps an ideal, and heteronomy becomes natural.
doi:10.11606/d.22.2013.tde-11062013-194634 fatcat:idvbchav3zcgdbcphffzysed7i