O cinema instável de Jacques Rivette e John Cassavetes: happening, improvisação, teatralidade
[thesis]
Maria Leite Chiaretti
Meus profundos agradecimentos a Ismail Xavier, cuja dedicada orientação foi essencial para o desenvolvimento desta pesquisa. A realização deste trabalho deve muito à sua paciência, generosidade, amizade e atenta leitura. Foi uma alegria e um privilégio ser sua orientanda e conviver com ele durante estes quatro anos. Agradeço a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo auxílio imprescindível para a realização da pesquisa. Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em
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... os e Processos Audiovisuais, cujo ambiente foi fundamental para a realização da tese. A Rubens Machado Jr. e a Luiz Carlos Oliveira Jr. agradeço pelas preciosas considerações e sugestões durante a banca de qualificação. Agradeço aos pesquisadores e professores Cláudia Mesquita, Lúcia Monteiro, Luiz Carlos Oliveira Jr. e Silvia Fernandes por terem generosamente aceitado o convite para participarem desta banca de doutorado. Agradeço também aos docentes, discentes e aos funcionários do PPGMPA, bem como aos funcionários da biblioteca da ECA / USP sem os quais, trabalhos como este seriam irrealizáveis. Aproveito para agradecer também a estrutura da biblioteca da Faculdade de Medicina da USP, cujas dependências foram fundamentais para a escrita da tese. Aos governos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Presidente Dilma Rousseff agradeço pelo investimento na educação pública de qualidade. Agradeço aos criadores e mantenedores dos sites de livre compartilhamento de conteúdo que ajudam a corrigir as desigualdades históricas de acesso aos materiais entre os pesquisadores. Agradeço ao espaço do pesquisador da Biblioteca do Filme da Cinemateca Francesa por ter autorizado minha pesquisa nos fundos de Jacques Rivette. vi Aos colegas da "sessão abismu" e aos amigos que a pós-graduação me deu -Calac -agradeço por compartilharmos o desejo de pensarmos o cinema juntos. Às fiéis companheiras de labuta nos incontáveis dias de biblioteca, Eugenia Brage, Lila Foster, Nana Foster e Nina Neves agradeço a companhia, o alto astral e o apoio indispensáveis. Agradeço às amigas, aos amigos e aos familiares que ici et ailleurs tornaram essa jornada muito mais prazerosa, Pedro Maciel Guimarães, cuja amizade, interlocução e carinhoso apoio me encorajaram a seguir nessa aventura. Pela inspiração e pelo exemplo, agradeço aos meus avós, Dioceli e Wander Chiaretti e aos meus tios-professores Patrícia Kauark Leite e Antônio José da Costa Lima. vii Aos meus pais, Kátia Kauark Leite e Renato Pazzini Chiaretti, agradeço por abrirem um caminho seguro para que eu pudesse passar. Sem o amor, a dedicação e o apoio incondicional dos dois eu não teria chegado até aqui. A Mateus Araújo, a cujo lado tenho a sorte de cantar, gritar, correr e rir, agradeço por me ensinar a só querer saber do que pode dar certo. viii Resumo A Tese examina o processo de criação e a forma final de filmes realizados por Jacques Rivette e John Cassavetes, entre 1968 e 1978, cuja invenção repousa numa poética da instabilidade. A partir de uma discussão mais abrangente das relações entre o método inaugurado pelos cineastas e a fronteira que ele instaura do cinema com outros campos, sobretudo o teatro, procedemos então às análises que confrontam dois pares de filmes: L'Amour fou (Rivette, 1968) e A Woman Under The Influence (Cassavetes, 1974) e, em seguida, Out 1: noli me tangere (Rivette, 1970) e Opening Night (Cassavetes, 1978). Nesta abordagem comparativa, atentaremos para o modo pelo qual o estilo instável dos filmes prolonga, duplica e desdobra realidades dramatúrgicas igualmente instáveis, que eles tenderam a privilegiar. Para tanto, o estilo se deixa contaminar pelo happening, pela improvisação e pela teatralidade, radicalizando assim um impulso de experimentação permanente na obra de Rivette e Cassavetes, que lhe confere um lugar de destaque no cinema moderno. Abstract This thesis examines both Jacques Rivette's and John Cassavetes' creative processes, as well as the final cinematic forms of films they made between 1968 and 1978. The invention on their films rests on the poetics of instability. Starting from a more general discussion which examines the relationship between their original methods and the correlated connections they establish with other artistic fields, mainly the theater, we proceed to analyze the similarities and differences presented by two pairs of films: L'Amour fou (Rivette, 1968) and A Woman Under The Influence (Cassavetes, 1974); Out 1: noli me tangere (Rivette, 1970) and Opening Night (Cassavetes, 1978). Through a comparative approach, we will observe the way the unstable style of films prolongs, duplicates, and equally unfolds unstable dramaturgical realities that they tended to privilege. In order to accomplish our task we will focus on the forms by which these films allow themselves to be contaminated by the "happening", by improvisation and by theatricality. Radicalizing their impulse of permanent experimentation, Rivette and Cassavetes managed to acquire a prominent position in modern cinema.
doi:10.11606/t.27.2019.tde-05092019-111047
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