■ C arlos Alberto Faraco, professor aposentado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde foi reitor entre 1990 e 1994, é um pesquisador conhecido no cenário acadêmico brasileiro. Publicou vários livros (sobre linguística histórica, norma culta e seu papel na sociedade e as ideias linguísticas de Bakhtin) e lançou, em 2016, a obra História sociopolítica da língua portuguesa, um extenso estudo, em perspectiva diacrônica, da língua portuguesa em sua dimensão externa, com destaque para as

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... ões que a língua adquire quando considerada em seu papel de instrumento político. Um tom de convite chega aos leitores, que podem até ser de primeira viagem em assuntos de história da língua, logo no primeiro parágrafo da Apresentação: As línguas são fascinantes. Não há aspecto delas que não nos maravilhe, seja sua enorme complexidade estrutural e social, seja sua imensa heterogeneidade, seja ainda o fato de que são realidades com história. (FARACO, 2016, p. 9-11). Após a apresentação do conteúdo do livro e da proposta de Faraco, somos introduzidos em uma história que destacará os tantos enlaces existentes entre línguas, adventos histórico-políticos e imaginários ideológicos, a partir de três relevantes questões linguísticas presentes de diferentes modos na história que o livro estabelece: i. "Que circunstâncias históricas favoreceram essa sucessiva expansão (da língua) e que consequências advieram delas?" ii. Como essa língua se tornou objeto de discursos (proféticos, inclusive) e que narrativas a vêm acompanhando * Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) -São Paulo -SP -Brasil.