AVALIAÇÃO DA MICROBIOTA BACTERIANA PRESENTE NA REGIÃO DA RESTINGA DE JURUBATIBA APÓS SIMULAÇÃO DE DERRAME DE PETRÓLEO
J. L. BUENO, E. S. SOUZA, B. R. BECKER
2015
Anais do XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química
unpublished
RESUMO -Tivemos como objetivo avaliar a potencialidade da biorremediação em derrames simulados de petróleo com solos da região da Restinga de Jurubatiba. Para isto foram instaladas colunas de experimentação com solo de praia (P1), solo úmido (P2) e um solo seco ao lado do óleoduto OCAB (P3). Foram utilizados Osmocote® (Osm) e NPK, sendo este último aplicado somente ao P3. Alíquotas de solo foram retiradas e realizou-se contagem das unidades formadoras de colônia (UFC). Os resultados mostraram
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... e o crescimento dos microrganismos esteve intimamente ligado à degradação de hidrocarbonetos do petróleo. No P1 o uso de fertilizantes aumentou em 8 vezes a microbiota e levou à uma degradação total dos n-alcanos. No P2, a presença de Osm. aumentou a degradação em 70% comparativamente ao controle, degradando totalmente os n-alcanos. Para o P3 a aplicação do NPK levou a uma presença 2 vezes maior de bactérias comparado à aplicação do Osm. elevando em 48% degradação dos n-alcanos com relação ao controle. (um espaço) INTRODUÇÃO Com a alta demanda da produção e comercialização do petróleo e de seus derivados, os acidentes envolvendo derrames de óleo se tornaram mais frequentes, criando-se com isso uma maior preocupação mundial em relação aos riscos ambientais decorrentes de tais acontecimentos (Ling, 2003) . O escoamento de petróleo e derivados entre as fontes de produção, refinarias e centros de consumo são realizados, dentre outras formas, por tubulações subterrâneas. Foram relatados diversos acidentes devido à problemas relacionados a estes dutos pois os mesmos estão sujeitos a erosão, deslizamentos de terra, corrosão, queda de rochas, atos de vandalismo, ação de terceiros, os quais podem ocasionar vazamentos e, em função da alta pressão com que os produtos são bombeados e da periculosidade das substâncias transportadas, os danos ambientais e sócio-econômicos raramente são pequenos (CETESB, 2012). O oleoduto Cabiúnas -Barra do Furado (OCAB) é parte integrante da malha de escoamento de petróleo da Bacia de Campos. Ele adentra o continente na praia da Barra do Furado em Quissamã e segue até o Terminal Cabiúnas (TECAB), em Macaé, perfazendo 68km de trecho terrestre. Durante este percurso, o OCAB perpassa cerca de 30 km pela Restinga de Jurubatiba, o que representa praticamente metade de seu comprimento total, indicando com isso, que são grandes Área temática: Engenharia Ambiental e Tecnologias Limpas 1
doi:10.5151/chemeng-cobeq2014-0248-26345-156296
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