A ÁRVORE É DA VIDA, O SABER É ANCESTRAL, A TRADIÇÃO É ORAL: NARRATIVAS DAS CRIANÇAS E NEGRAS QUILOMBOLAS DE MUQUÉM, AL

José Artur do Nascimento Silva, Julvan Moreira de Oliveira
2020 Revista da Associação Brasileira de Pesquisador s Negr s - ABPN  
Resumo: O objetivo desse trabalho é, a partir do interesse das crianças da Comunidade Quilombola de Muquém, sobre as histórias identitárias de seu grupo, re-elaborarem e rememorarem, num processo de ritualização, narrativas passadas a elas pelos mais velhos, especialmente as que identificamos, pela mitanálise, as que são centrais nos processos educacionais e de individuação. Concluímos que as histórias que dão identidade, através da memória, são instrumentos da imaginação e identificação por
more » ... te das crianças quilombolas, com os personagens da história, ou seja, elementos essenciais para despertar a curiosidade, a imaginação e a esperança de resolver seus conflitos vivenciados na comunidade, assim como, a partir deles, trabalhar as diferentes dimensões do processo de formação da pessoa especialmente a cognitiva, a afetiva, a ética e a relacional com o outro e com a ancestralidade. Palavras-chave: Crianças quilombolas; Muquém; Antropologia do Imaginário; Ancestralidade. Abstract: The objective of this article is, from the interest of the children of the Quilombola Community of Muquém, about the identity stories of their group, to re-274 Revista da ABPN • v. 12, n. 33 • junago 2020, p. 273-300 elaborate and re-memorize, in a process of ritualization, narratives passed on to them by the elders, especially those who through mitanalysis, we identify those that are central to educational and individuation processes. We conclude that the stories that give identity, through memory, are instruments of imagination and identification by quilombola children, with the characters in the story, that is, essential elements to arouse curiosity, imagination and the hope of resolving their conflicts, experienced in the community, as well as, from them, work the different dimensions of the person's formation process, especially the cognitive, the affective, the ethical and the relational with the other and with the ancestry. EL ÁRBOL ES DE VIDA, EL CONOCIMIENTO ES ANCESTRAL, LA TRADICIÓN ES ORAL: NARRATIVAS DE NIÑOS Y NEGRAS QUILOMBOLAS DEL MUQUÉM, AL Resumen: El objetivo de este artículo es, por interés de los niños de la Comunidad Quilombola de Muquém, sobre las historias de identidad de su grupo, reelaborar y memorizar, en un proceso de ritualización, narraciones que los ancianos les transmiten, especialmente aquellos que Mediante el análisis de mitanálisis, identificamos aquellos que son centrales para los procesos educativos y de individualización. Concluimos que las historias que dan identidad, a través de la memoria, son instrumentos de imaginación e identificación de los niños quilombolas, con los personajes de la historia, es decir, elementos esenciales para despertar la curiosidad, la imaginación y la esperanza de resolver sus conflictos. experimentados en la comunidad, así como, desde ellos, trabajan las diferentes dimensiones del proceso de formación de la persona, especialmente lo cognitivo, afectivo, ético y relacional con el otro y con la ascendencia. Palabras-chabe: Niños Quilombolas; Muquém; Antropología de lo Imaginario; Ancestral. L'ARBRE EST DE LA VIE, LA CONNAISSANCE EST ANCESTRALE, LA TRADITION EST ORALE: RECITS D'ENFANTS ET DE NOIRES QUILOMBOLAS DE MUQUEM, AL Résumé: L'objectif de cet article est, dans l'intérêt des enfants de la Communauté Quilombola de Muquém, sur les histoires identitaires de leur groupe, de réélaborer et de re-mémoriser, dans un processus de ritualisation, les récits que leur ont transmis les anciens, en particulier ceux qui à travers la mitanalyse, nous identifions ceux qui sont au coeur des processus éducatifs et d'individuation. Nous concluons que les histoires qui donnent l'identité, par la mémoire, sont des instruments d'imagination et d'identification des enfants quilombola, avec les personnages de l'histoire, c'est-à-dire des éléments essentiels pour susciter la curiosité, l'imagination et l'espoir de résoudre leurs conflits, expérimentés dans la communauté, ainsi que, à partir d'eux, travailler les différentes dimensions du processus de formation de la personne, en particulier le cognitif, l'affectif, l'éthique et le relationnel avec l'autre et avec l'ascendance.
doi:10.31418/2177-2770.2020.v12.n.33.p273-300 fatcat:akcxz44dlbenndjwilpkqj6psu