Pesquisa de mutação T790M sequencial e alteração da abordagem terapêutica após 2 linhas de quimioterapia – caso clínico

Fernanda Estevinho, Serviço de Oncologia. Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Matosinhos, Portugal, Ana Silva, Luís Cirnes, Teresinha Amaro, Serviço de Radiologia. Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Matosinhos, Portugal, IPATIMUP – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto/ I3S, Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto, Porto, Portugal, Serviço de Anatomia Patológica. Hospital Pedro Hispano, Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Matosinhos, Portugal
2021 Revista do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão  
A mutação do EGFR é identificada em 10 -50% dos doentes com cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC). Após terapêutica de primeira linha com inibidores da tirosinacinase (TKI) de 1.ª ou 2.ª linha, em doentes com CPNPC e mutação sensibilizadora do EGFR, o mecanismo de resistência mais frequente é a aquisição de mutação T790M, em 50 -70%. Apresenta -se o caso clínico de uma mulher com CPNPC, cT2bN1M1b, estadio IV, com metastização cerebral e suprarrenal ao diagnóstico e mutação do EGFR.
more » ... alizou radioterapia holocraniana e tratamento com erlotinib. Deteção de mutação T790M após 2 esquemas de quimioterapia, com pesquisas prévias em biópsia líquida e histológica negativas para a pesquisa de mutação T790M. Oito anos após o diagnóstico, está funcionalmente autónoma, assintomática, sob terapêutica com osimertinib. Este caso ilustra a importância do conhecimento do mecanismo de resistência nos doentes com CPNPC e mutações do EGFR, e o papel de biopsias sequenciais.
doi:10.32932/gecp.2021.07.015 fatcat:a5jbiakgmfhpjpq5wuwmowvbzu