Avaliação molecular da neuroplasticidade de animais tratados com lítio em ambiente enriquecido [thesis]

Helena Nascimento Malerba
Com o aumento da longevidade populacional a aplicação de conhecimentos gerontológicostorna-se uma ferramenta de grande valor para promover um envelhecimento saudável. A proximidade da velhice acarreta aumento de doenças crônicas que muitas vezes podem ser debilitantes. Nos últimos anos nosso grupo de pesquisa vem estudando os beneficíos do enriquecimento ambiental e administração de microdoses dos íons de lítio para a melhora da memória de animais e seres humanos, o que pode levar à longevidade
more » ... com saúde. Postanto o objetivo do projeto foi verificar a efetividade do tratamento com microdoses de lítio, por via oral, em camundonos pertencentes à linhagem que apresenta envelhecimento acelerado (SAMP-8, "senescece-accelerated mouse") combinada ou não com o enriquecimento ambiental, para a promoção do envelhecimento saudável. Os animais SAMR-1 ("senescence-accelerated mouse resistant") foram utilizados como controles dos animais SAMP-8. Os camundongos SAMP-8 foram divididos em quatro grupos: 1) Grupo Controle: sem tratamento e sem estímulação; 2) Grupo Lítio (Li): tratados com 0,25 mg/kg de carbonato de lítio, dissolvidos na água de beber; 3) Grupo Ambiente Enriquecido (AE): colocados diariamente em ambiente enriquecido, constituído por diferentes objetos; 4) Grupo Li+AE: tratados com lítio e colocados em ambiente enriquecido. Ao atingirem 10 meses de idade foi possível observar que os animais SAMP-8 controle tiveram uma diminuição da memória quando comparados aos animais SAMR-1. Além disso, apresentaram menos densidade neuronal, maior área de neurodegeneração, maior densidade de placas senis e diminuição da densidade de sinaptofisina em relação aos aniamis SAMR-1. Os tratamentos por si só promoveram resultados semelhantes. É possível sugerir que as estratégias propostas, combinadas ou não, são benéficas para animais com envelhecimento acelerado, contribuindo assim para a manutenção da memória na velhice.
doi:10.11606/d.42.2020.tde-15032021-132453 fatcat:2fkw43v2ongytc5so2x6apsjby