Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício EFEITOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NO EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE UM PACIENTE USUÁRIO DO SUS PORTADOR DA DOENÇA DE PARKINSON: ESTUDO DE CASO
São Suplementar, Paulo
2014
unpublished
ISSN 1981-9900 versão eletrônica P e r i ó d i c o do I n s t i t u t o B r a s i l e i r o d e P e sq u i s a e E n si n o e m F i s i o l o gi a do E x e r c í c i o w w w. i b p e f e x. c o m. b r / w w w. r b p f e x. c o m. b r Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa em que há perda progressiva de neurônios na parte compacta da substância negra, resultando em diminuição na produção de dopamina, causando graves efeitos no sistema extrapiramidal. Estima-se
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... e esse distúrbio acomete cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos, representando até 2/3 dos pacientes que frequentam os grandes centros de distúrbios do movimento em todo o mundo. Sinais clínicos como a bradicinesia, a rigidez, o tremor de repouso e a instabilidade postural são considerados os principais achados da doença. A fisioterapia aquática tem como objetivo minimizar as alterações motoras, proporcionando evolução quando à força muscular, melhora do controle de tronco e do equilíbrio estático e dinâmico provendo maior independência nas atividades de vida diária e melhorando sua qualidade de vida. A hidroterapia proporciona ao paciente portador da DP, ganho da flexibilidade, e consequentemente o ganho da amplitude de movimento, devido à combinação dos exercícios à imersão na água aquecida. Objetivo: O objetivo desse estudo é avaliar e descrever os efeitos da fisioterapia aquática no equilíbrio estático e dinâmico de um paciente portador da Doença de Parkinson. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de caso, paciente portador de Parkinson, sexo masculino, 75 anos, aposentado, que realizou 40 atendimentos no setor de fisioterapia aquática da Clínica Escola Santa Edwiges-APAE/ CEST, no período de março a abril de 2014, com frequência diária e duração média de 60 minutos. As etapas dos atendimentos foram compostas por: aquecimento, alongamento de membros inferiores (MMII), Bad Ragaz (com a utilização de flutuadores na região cervical, lombar e em membros inferiores, utilizando as contrações isométricas, isotônicas e isocinética para os membros inferiores), Halliwick (baseado no programa de 10 pontos, com ênfase nas rotações transversal, sagital, longitudinal e combinada), propriocepção e relaxamento. Para avaliação do paciente utilizou-se a observação da postura em ortostase, marcha em linha reta, Teste Timed Up & Go (TUG). Resultados: O paciente evoluiu de forma satisfatória, melhorando o padrão flexor de tronco, apresentando maior estabilidade estática e dinâmica e na escala de TUG evoluiu de 29 passos para 20 passos e tempo de percurso de 25 segundos para 19 segundos. Conclusão: Conclui-se que o programa de fisioterapia aquática mostrou-se eficaz para o paciente em questão tanto para melhora do equilíbrio estático quanto dinâmico. O ambiente aquático proporciona ao individuo portador de Parkinson além das melhoras motoras, melhoras psicológicas, por ser um ambiente estável, com maior facilidade para a execução dos movimentos do que no solo. Além de relatos sobre melhora da qualidade de vida, promovendo maior independência e consequentemente aumento das atividades de vida diária. Palavras-chave: Equilíbrio. Fisioterapia aquática. Parkinson,
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