Saúde Ocupacional dos Profissionais de Emergência Pré-Hospitalar: Contributo do Trauma e Coping
[unknown]
Emergency organizations need to be resilient, which requires technically and psychologically preparing emergency professionals. This training can be focused on coping strategies and promoting occupational health, given the impossibility of reducing exposure to potentially traumatic stimulus. This study aims to identify coping and trauma levels, their variation according to sociodemographic /professional characteristics, and the predictive role of coping on trauma. A total of 535 pre-hospital
more »
... rgency technicians, who anonymously filled out the Impact of Event Scale-Revised and Brief Cope, participated. Results showed low levels of trauma and coping. Participants with children and with more years of job experience showed higher levels of trauma. Women showed higher levels of functional and dysfunctional coping strategies. These strategies were the main predictors of trauma (23% to 28.7%), especially dysfunctional/avoidance strategies. Data allowed to discuss about trauma symptomatology and strategies to cope with them among a professional group sparsely studied, as well on how to adapt occupational health institutional policies to promote organizational resiliency. Developing regular training while integrating psychoeducation focused on adaptive coping strategies is suggested, especially for female professionals with children and more years of job experience. Resumo: Atualmente as organizações de emergência devem ser resilientes, o que implica profissionais mais preparados, técnica e psicologicamente. Contudo, pela impossibilidade de minimizar a exposição a estímulos potencialmente traumáticos, esta preparação poderá incidir nas estratégias de coping e na promoção da saúde ocupacional dos profissionais de emergência. Pretendem-se conhecer os níveis de trauma e coping, sua variação em função de características sociodemográficas/profissionais, e identificar o papel preditor do coping no trauma. Participaram 535 técnicos de emergência pré-hospitalar que preencheram anonimamente o Impact of Event Scale-Revised e o Brief Cope. Encontraram-se valores baixos de trauma e coping, e os profissionais com filhos e mais anos de serviço apresentaram mais trauma, enquanto o sexo feminino apresentou valores superiores nas estratégias de coping funcionais e disfuncionais. Estas estratégias foram o principal preditor do trauma (23 a 28.7%), nomeadamente as disfuncionais/evitamento. Os dados permitiram refletir sobre sintomatologia traumática e estratégias do seu enfrentamento num grupo profissional pouco estudado, bem como sobre a possibilidade de adequar políticas institucionais de saúde ocupacional, potenciando a resiliência organizacional. Sugere-se desenvolver formações regulares que integrem psicoeducação e sejam dirigidas à utilização de estratégias de coping mais adaptativas, especialmente para profissionais do sexo feminino, com filhos e mais experiência profissional. Palavras-chave: saúde ocupacional, organizações resilientes, profissionais de emergência préhospitalar, impacto traumático, coping.
doi:10.25762/ndmt-0c23
fatcat:xknmgiysnrgvfocaqqusq6fdcm