Os lamentos da razão: mito e história em Doutor Fausto de Thomas Mann
[thesis]
Diego Rogério Ramos
Os Lamentos da Razão -Mito e História em Doutor Fausto de Thomas Mann São Paulo 2015 1. Filosofia. 2. Literatura. 3. Teoria Crítica. 4. Crítica Literária. I. Matos, Olgária Chain Féres, orient. II. Título. Banca Examinadora Profº Drº __________________________ Instituição ________________ Julgamento ________________________ Assinatura ________________ Profº Drº __________________________ Instituição ________________ Julgamento ________________________ Assinatura ________________ Profº Drº
more »
... ____________________ Instituição ________________ Julgamento ________________________ Assinatura ________________ À Roberta, melodia nesse mundo que parece mudo. Agradecimentos A composição deste trabalho deve a muitas pessoas suas linhas e ideias, e a tantas mais a força que tive para escrevê-lo. Seria uma tarefa impossível descrever a presença delas aqui, mas insisto que foram as conversas, as parcerias, as presenças -ainda que distantes -dessas pessoas que possibilitaram a realização deste trabalho. À professora Olgária Matos, sou grato pela parceria intelectual que construímos, e pela confiança que depositou neste trabalho. Desde nosso primeiro trabalho juntos, uma iniciação científica durante a graduação, suas indicações ultrapassaram as linhas escritas, e hoje compõem minha formação. Uma professora e pesquisadora exemplar, sua erudição e agudeza espiritual só são comparáveis à sua gentileza. Sou grato especialmente porque de nossas conversas e debates surgiu uma amizade que nos permite compartilhar preocupações e alegrias do mundo. Ao professor Marcus Mazzari, quem me mostrou que a extensão do mundo fáustico era ainda maior do que eu concebia. Agradeço pelas aulas, conversas e indicações no exame de qualificação, bem como pelo exemplo de pesquisador comprometido com seu tema. Ao professor Henry Burnett, pelos comentários argutos no exame de qualificação, pela atenção concedida a este trabalho, e pela interlocução competente e gentil. Sou grato à professora Maria das Graças, quem me recebeu como estagiário no Programa de Aperfeiçoamento de Ensino, e com quem pude debater aspectos diversos das experiências intelectuais dos autores tematizados aqui. Agradeço ao Professor Caetano Ernesto Platino, tutor do Programa de Educação Tutorial, que possibilitou o contato com aspectos da vida acadêmica menos evidentes a um aluno. Sou grato também aos professores Ricardo Nascimento Fabbrini e Francisco de Ambrosis Prinheiro Machado pela disposição de debater este trabalho e suas ideias. Às funcionárias da secretaria do Departamento de Filosofia da USP, pela solicitude e dedicação: Luciana, Geni, Maria Helena e Marie. Ao Hilton Cardoso, agradeço pela amizade dedicada, pela partilha da língua alemã, pelas profundas trocas intelectuais. Ao Gustavo Denani, agradeço pelo companheirismo de todas as horas, a amizade sincera e pela força de questionar as pretensões mais diversas. Ao Fábio Lucas, sou grato pela amizade, pela disposição à problematização filosófica, e pelos trabalhos que me deram melhores condições durante esses anos de pesquisa. Aos amigos de longa data, Ivan Wagner Angeli e João Victor Kosicki, pela companhia desde os corredores ginasiais até as alegrias e angústias da vida adulta. Agradeço a Marina Capusso, Leonardo Novaes e Kelaine Azevedo, pela amizade solidária e pela sensibilidade com o mundo. Aos amigos que encontrei em momentos diversos nesses anos universitários, por terem me concedido, cada uma à sua forma, momentos de beleza capazes de renovar o ânimo do espírito: Aos amigos que, apesar das distâncias impostas pelo tempo, dispõe do mesmo carinho em todo encontro que a vida permite: Ao Carlos Wellington, pela disposição crítica e companheirismo fiel; pelos encontros silenciosos e prolixos. À Marina Prado, pelo entusiasmo que dedica ao meu trabalho filosófico e pela oportunidade de conhecer outro lado da arte. Aos meus pais, Orgel e Maria, pelo apoio constante e compreensivo em toda minha vida, pelos esforços e sacrifícios, pelo encorajamento e pelo amor. Agradeço ao Junior e à Ruth, pela generosidade sem tamanho; por me receberem em sua casa alemã e me darem um lar num país estrangeiro; pelas partilhas à mesa; pelo carinho. Sou grato ao Marcelo e à Patrícia, pelo suporte incessante e pela preocupação carinhosa. Aos sobrinhos Emanuel, Davi e Daniel, cujo irresistível "Tio Di, vamos brincar..." me leva para um mundo mais bonito e faz sorrir. À família da Roberta, por me receber generosamente. À Elaine, agradeço pelo grande carinho e pelo esforço de entender o ofício acadêmico; ao Amaury, agradeço pelos risos e partilhas; ao Renato e Alfredo; à Nena e Marina; às priminhas Raíssa, Helena e Rafaela, que há muito já escaparam do diminutivo, mas sempre foram capazes de me encantar. Agradeço especialmente à Roberta Soromenho, por partilhar os séculos, fazendo-os próximos com seu rigor histórico; pelo exemplo de intelectual comprometida; pela sensibilidade com que compartilha comigo o singelo e o absurdo; pelo tempo e pelos lugares que são nossos. Sou grato porque era ela, porque era eu. Ao CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, cujo apoio financeiro possibilitou a realização desta dissertação. Palavras-chave: Doutor Fausto; Thomas Mann; Mito; História; Sofrimento; Música RAMOS, Diego Rogério. The Laments of Reason -Myth and History in Thomas Mann's Doctor Faustus. 2015. 152 f. Dissertation (Master Degree). Abstract This work articulates the images constructed by Thomas Mann's novel Doctor Faustus with the theoretical framework developed by the Frankfurt School, in order to compose a philosophically invested interpretation of the novel, as well as achieve a better understanding of Critical Theory's ideas. The life of the composer Adrian Leverkühn, Mann's Faustus, is narrated by his friend and biographer Serenus Zeitblom, and this narrative reveals the fundamental identity between the musician and Germany, relating their characteristics and histories. Our approach on the novel specially studies the questions of the salvation or the damnation of Faust's soul, trying to precise these possibilities within the work. We develop a notion of myth common to the novel and to that frankfurtian theoretical framework, pointing its totalizing strength, as well as its insertion in a dialectical dynamic. Next, we propose to consider that all the novel's elements that instigate the mythification would point to the condemnation of Faust, while, conversely, the novel's aspects that reveal the limits of the myth or contradict it would announce the possibility of the man's salvation. The notion of suffering is especially important, as it appears in both perspectives. This means that suffering can be interpreted both as the disclosure of fate -as if Adrian's pain and sadness would anticipate the condemnation -as can be understood as a symptom that denounces the myth -as if it would reveal the lie of the apparent destination and the possibilities of future. Finally, the inquire on músic, a central theme of the novel, also reveals its ambivalente, for it can either strengthen the myth, as it can exercise a critic of the mythologized world.
doi:10.11606/d.8.2015.tde-19112015-154808
fatcat:boxcirz6gfbwnoap24ixa5sdca