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A vaca cristalina
1979
Revista Literária do Corpo Discente da Universidade Federal de Minas Gerais
Coriolano assuntou os longes da campina azulando os con tornos do ceuzão emborcado sobre o mundo. A tarde lusco-fuscava e a triagem do início da seca zunia um vento frio e cor tante adormecendo-lhe as orelhas e a ponta do nariz. Sentado na cabeça do moirão da porteira do curral, aboiava, enquanto as vacas de leite, lerdamente, vagarosamente, iam chegando uma a uma, atraídas pela voz familiar do vaqueiro ecoando no vaquejador, imitando o berrante: -Õooou ! Veeem ! ôooou ! Veeem !. . .
doi:10.17851/0103-5878.14.14.18-54
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