Complexidade do regime terapêutico prescrito para idosos

Francisco de Assis Acurcio, Anderson Lourenço da Silva, Andréia Queiroz Ribeiro, Natália Pessoa Rocha, Micheline Rosa SilveIra, Carlos Henrique Klein, Suely Rozenfeld
2009 Revista da Associação Médica Brasileira  
A população idosa brasileira tem crescido muito rapidamente, passando de três milhões em 1960 para 18 milhões em 2005 1,2 . Estima-se que alcançará 32 milhões em 2020, o que colocará o Brasil na sexta posição mundial em população idosa 2 . Esse envelhecimento gera aumento por demanda diferenciada de serviços de saúde e de cuidado. A elevada prevalência de doenças crônico-degenerativas é uma de suas consequências, que favorece a exposição da população idosa ao uso de múltiplos medicamentos e a
more » ... eitos adversos decorrentes desse uso 3, 4, 5 . A polifarmácia pode propiciar o aumento do uso de medicamentos inadequados, induzindo à subutilização de medicamentos essenciais para o adequado controle de condições prevalentes nos idosos. Além disso, se configura em uma barreira para a adesão aos tratamentos, na medida em que torna complexos os esquemas terapêuticos, e possibilita a ocorrência de interações medicamentosas e reações adversas 5 . Devido ao envelhecimento, os idosos possuem um risco aumentado de ocorrência de reações adversas 6 e consequente abandono do tratamento. Considerando que a maioria da população com mais de 65 anos faz uso de pelo menos um medicamento prescrito, a
doi:10.1590/s0104-42302009000400025 pmid:19750317 fatcat:dnwyps5ce5ck5dtshqkjaodqdu