A primeira reforma globalizante do ensino industrial, em 1864, marcou uma viragem importante neste nível de instrução, em Portugal. A escola do Porto passou a denominar-se de Instituto Industrial, tal como a de Lisboa, e foram introduzidas novas áreas do saber nos currículos, incluindo cadeiras/disciplinas de Mineralogia, Geologia, Metalurgia e Arte de Minas, e cursos técnicos de minas como o de "Condutores de Minas", apoiadas por novos estabelecimentos auxiliares de ensino. A formação dos

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... s passou a ser composta por uma vertente teórica, mais tarde complementada por uma outra com caráter prático e experimental. Para as lições teóricas, os manuais adotados para cada cadeira eram escolhidos e designados pelo docente, e aprovados pelo Conselho Escola. Muitos destes manuais eram impressos em língua francesa. Ao contrário do sucedido noutras instituições, em que diversos livros de referência foram traduzidos para português, não se conhecem exemplos dessa prática na escola do Porto. Estes estavam de acordo com os programas propostos pelos docentes das cadeiras, havendo uma grande ligação à escola francesa e aos modelos de ensino aplicados em França. Aos alunos do ensino industrial era conferida uma boa preparação teórica, havendo uma constante preocupação por parte do conselho escolar, para que os compêndios fossem disponibilizados, fazendo da biblioteca um dos mais importantes estabelecimentos auxiliares de ensino da escola e acompanhando, assim, a evolução epistemológica das Ciências Geológicas durante os séculos XIX e XX, nomeadamente a difusão de novas teorias e paradigmas (Evolucionismo e Mobilismo, entre outras) e o abandono definitivo de velhas ideias (e.g., Criacionismo e Catastrofismo), a par da introdução crescente de temas sobre Geologia Aplicada e Recursos Geológicos de Portugal.