Avaliação da Composição de Cortes Comerciais, Componentes Corporais e Órgãos Internos de Cordeiros Confinados e Alimentados com Dejetos de Suínos

Marcus Vinícius Morais de Oliveira, Juan Ramón Olalquiaga Pérez, Eduardo Luis Alves, Alessandra Rodrigues Vieira Martins, Rogério de Paula Lana
2002 Revista Brasileira de Zootecnia  
Foram utilizados 21 cordeiros, nove da raça Bergamácia e 12 Santa Inês, os quais permaneceram confinados individualmente por 75 dias, sendo alimentados com dietas contendo 24% de dejetos de suínos, na forma de biju (dejeto obtido pela raspagem e varredura do piso das baias de crescimento e terminação) ou DPS - dejeto peneirado seco (constituído pela parte sólida do material contido na lâmina d'água e da água de lavagem das baias, obtida através de peneiras de malha fina). Os dejetos de suínos
more » ... o influenciaram a porcentagem de músculo, gordura e osso dos cortes analisados. Os cordeiros da raça Santa Inês apresentaram maior quantidade de músculo no pernil e maior área olho de lombo que os Bergamácia. Estes, no entanto, apresentaram maior proporção de gordura na paleta quando os cortes foram expressos em % do peso de cada corte. A dieta controle também propiciou maior área olho de lombo que a dieta com biju. Uma maior proporção de intestino delgado, expresso em % do peso aparelho digestivo, foi verificada nos animais que receberam a dieta controle em relação aos que receberam DPS. Os cordeiros Santa Inês apresentaram maior peso da traquéia, quando esta variável foi expressa em kg do órgão e em % do peso vazio; já os Bergamácia apresentaram maior quantidade de pele, quando esta foi expressa como % do peso vazio. Conclui-se que a utilização de dejetos de suínos não afeta a composição dos cortes comerciais, os pesos dos componentes corporais e os órgãos internos.
doi:10.1590/s1516-35982002000600018 fatcat:kmmwjp53vjcorimcgpud6yluwe