Segurança alimentar como tema químico: um relato da prática de ensino CTS num espaço não formal

Luiz Filipe, Rebello Jacob, Romulo De Oliveira Pires, Jorge Messeder
unpublished
Palavras-Chave: espaço não formal, segurança alimentar, CTS. Resumo: O objetivo dessa pesquisa é difundir a prática curricular de licenciandos em química do IFRJ em espaços não formal de ensino, a partir do uso de materiais midiáticos que exploram temas sociais. Tal projeto se baseou em uma proposta de difusão científica entre o IFRJ e espaços comunitários do município de Nilópolis (RJ). Na primeira etapa do projeto, os alunos de graduação fizeram apresentações de vídeos educativos, com uma
more » ... a CTS, em uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, com intuito de informar e conscientizar a população sobre diversos problemas onde a tríade Química, Saúde e Meio Ambiente se relaciona com o tema Segurança Alimentar. Verificou-se que o projeto trouxe benefícios no sentido de fazer com que o ensino CTS praticado nos cursos de graduação pudesse ser democratizado para o público em geral, além de contribuir para que futuros professores possam realmente inserir e praticar situações do cotidiano em sua práxis. INTRODUÇÃO O surgimento de um movimento, denominado movimento CTS remonta ao final da Segunda Guerra Mundial. Neste momento uma nova vertente se fez notar e permitiu a possibilidade do desenvolvimento de novos horizontes no ensino das ciências (MORTIMER & WILDSON, 2000). As bases dos currículos educacionais a partir daquele momento, em vários países do mundo, foram concebidas em um novo contexto, principalmente as bases para o ensino de ciências, aonde se prioriza a alfabetização em ciência e tecnologia interligada ao contexto social. Diferentemente do ocorrido nos países europeus e na América do Norte, o Movimento CTS no Brasil apresentou grande avanço, no contexto sócio-educativo, a partir da década de 90. Ocorreu, então, a necessidade de se realizar o letramento científico e tecnológico que pudesse substituir o modelo conteudista adotado até àquele momento. O movimento CTS, ainda sofre rejeições por parte de uma parcela de educadores que ainda tem como objetivo o ensino dos conteúdos programáticos que conduzirão os alunos aos bancos acadêmicos e não se preocupam com o que deveriam de fato que é a formação de um cidadão capaz de empregar aquele conhecimento adquirido em sala de aula de forma mais ampla (PINHEIRO, et al. , 2007). O debate em torno do Movimento CTS vem crescendo cada vez mais, à medida que se pode observar um crescente número de publicações de artigos referentes ao assunto, por parte de estudiosos e educadores, cuja principal preocupação é de que forma desenvolver e empregar um enfoque CTS nas atuais estruturas curriculares, com o intuito de dar uma nova roupagem aos conteúdos das mesmas, tornando-as assim instrumentos capacitadores de uma nova geração de educadores, capazes de desenvolver com seus alunos uma nova visão do mundo contemporâneo e entender melhor como se deu o desenvolvimento das atuais tecnologias (RICARDO, 2007). A existência de um enfoque CTS nas estruturas curriculares das licenciaturas se faz importante, pois a abordagem CTS diferencia e melhora o processo ensino
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