II National Symposium on Urban Geography, I International Symposium on Urban Geography

Paola Verri de Santana
2006 GEOUSP: Espaço e Tempo  
Em 2003, o VIII SIMPURB foi sediado no Recife de 10 a 14 de novembro, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas -CFCH, da Universidade Federal de Pernambuco -UFPE. As diversas atividades ali realizadas contaram com uma significativa participação de alunos de graduação, mestrado e doutorado, além de professores, pesquisadores e técnicos, o que revela a importância das questões formuladas e analisadas pela G eografia Urbana. A motivação era
more » ... imperativo urbano em si, antes mesmo de estar compartimentado a um campo de in vestigação in serido na estrutura institucional universitária, que insiste em definir as fronteiras entre as ciências. Para um mundo urbano, em virtude do crescim ento e multiplicação das cidades, a urbanização, mas também a intensidade do envolvim ento da população com as cidades, onde serviços lá produzidos são encontrados em toda a parte, além de um modo de vida de caráter urbano tender a se generalizar. Neste sentido, não é casual o perceptível volum e de trabalhos apresentados no último ENG, maior reunião da comunidade científica geográfica. O XIII Encontro Nacional de G eógrafos, ocorrido em João Pessoa, no ano de 2002, m ostrou que a questão urbana tem estado entre as temáticas mais debatidas; mesmo quando o foco é outro, elementos do urbano aparecem atravessando o objeto em estudo. Possivelmente, essa será uma das m aiores preocupações durante o próximo evento o rg a n iza d o pela AGB -Associação dos Geógrafos Brasileiros: o VI C ongresso B rasileiro de G eógrafos, a ser realizado entre os dias 18 e 23 de julho de 2004, em Goiânia. A relação do espaço urbano com a esfera política foi uma das discussões sobre a gestão das cidades, em particular, as políticas públicas territoriais como o que se vem denominando de planejamento estratégico e intervenção urbana. Uma questão posta como prioritária para reflexão começou a ser exposta durante a C onferência de Abertura proferida pela professora Ana Fani A. Carlos (USP). Para ela, pensar a problemática urbana requer desvendar o sentido da cidade, nos moldes do que Henri Lefebvre propõe em "O Direito à Cidade" Se a cidade é o lugar possível do uso (o habitar; a vida cotid ian a), então onde estaria a contradição? A questão é que a condição para o m orar deixou de ser a do usador, transformando-se na do usuário. A troca, que carrega com o p ressup osto a propriedade privada, passa a conduzir o acesso aos serviços e equipamentos urbanos. Se as relações sociais permanecem ligadas ao processo de reprodução do capital, então elas seguem o sentido da acum ulação. É por esta razão que as possibilidades de transformação política em decorrência da Lei do Estatuto da Cidade são limitadas. As heranças da formação sócioeconômica, desde os tempos coloniais, são fu n d am en tos do que se chama hoje de problemática urbana. A promulgação desta Lei, em 2001, exigiu sua avaliação crítica enquanto instrumento legal de regulação dentre os modos de gestão urbana. O questionamento consistê
doi:10.11606/issn.2179-0892.geousp.2004.123892 fatcat:gkp6klp6qfeetjoleay2mrx2sq