Hérnia inguinal no Sul do Brasil - desafios no seguimento e taxas de recorrência
Inguinal hernia in southern Brazil - challenges in follow-up and recurrence rates

RODRIGO PILTCHER-DA-SILVA, DEBORA OLIVEIRA HÜTTEN, ARTUR GEHRES TRAPP, PEDRO SAN MARTIN SOARES, TIAGO LIMA CASTRO, SIMONI BOHNENBERGER, EDUARDO CASTELLI KROTH, JORGE ARMANDO REYES PINTO, CAROLINE GREHS, DANIELLE CRISTINA TOMASI, LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA
2022 Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões  
RESUMO Introdução: a recorrência da hérnia inguinal após hernioplastia varia de 0,5 a 15 por cento, dependendo do local da hérnia, tipo de reparo e circunstâncias clínicas. Muitos fatores de risco são conhecidos e devem ser considerados antes do procedimento. Acompanhamento e adequado bancos de dados são fundamentais para entender a incidência de recidiva. Métodos: estudo de coorte retrospectivo analisou hernioplastias inguinais realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 2013 e
more » ... 5. Para concluir 5 anos de seguimento, analisamos o prontuário e fizemos contato telefônico e por correio. Resultados: o total de 1094 registros médicos foram selecionados e um seguimento de pelo menos 5 anos foi possível em 454 pacientes - 538 reparos de hérnia inguinal devido à abordagem bilateral em 84 pacientes. Os pacientes responderam um questionário validado sobre sintomas de recorrência. A taxa total de recorrência foi de 9,29%. No grupo masculino, a recorrência foi de 10% contra 4% no grupo feminino. Para os pacientes com hérnia Nyhus IV, a recidiva foi de 24% contra 8% após o reparo da hérnia primária, com um risco de 2,8 maior. Não houve diferença na recorrência entre cirurgiões experientes e em treinamento. Conclusão: nossos dados revelam uma taxa de recorrência aceitável em um hospital de ensino, e para o nosso conhecimento é o primeiro artigo com acompanhamento de longo prazo no sul do Brasil. A re-recidiva da hérnia foi maior quando comparada com o reparo da hérnia primária.
doi:10.1590/0100-6991e-20223238 fatcat:ss7yk4amvjbzti5ftltferfcfy