ESTUDO DA CINÉTICA DE PIRÓLISE DE XISTO
J. P. FOLTIN, A. C. L. LISBÔA
2015
Anais do XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química
unpublished
RESUMO -Estudos recentes apontam que as reservas petrolíferas estão diminuindo e há um elevado consumo de petróleo em todo o mundo, buscando assim, formas alternativas que poderá se tornar, no futuro, uma importante fonte de matérias-primas, utilizadas para gerar energia. Em busca de inovações e melhorias no processamento, o xisto tornou-se um objeto de estudo em paralelo, resultando em estudos de formação de óleo e gás. Este estudo tem como finalidade o entendimento da cinética de decomposição
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... da matéria orgânica de xisto, através da Análise Termogravimétrica e Calorimetria de Varredura Diferencial. A matéria prima foi fornecida pela Petrobras. Foram estudados diferentes tamanhos de partículas, com taxas de aquecimento para o TGA de 25°C/min para uma temperatura final até 1000°C e uma temperatura final até 600°C para o DSC. Os resultados mostram que a taxa de perda de massa e a energia de ativação da matéria orgânica estão relacionadas com a temperatura de pirólise e a taxa de aquecimento. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o petróleo vem sendo motivo de estudo em busca de inovações e melhoras tanto para a questão de processamento como para impactos ambientais. Nesse contexto, o xisto passa a ser um objeto de estudo em paralelo, resultando em estudos de formação de óleo e gás, assim como sua recuperação. Indústrias em todo o mundo estão investindo em estudos de produtos relacionados com petróleo, particularmente a indústria química e transporte. A produção de petróleo tornou-se limitado pela capacidade da tecnologia de extração, fazendo com que a oferta e a demanda se tornem divergente nos últimos anos, o que naturalmente leva a aumentos de preços. A incerteza dos preços do petróleo bruto atuais, seu consumo crescente no mundo inteiro e disponibilidade limitada têm motivado muitos países para explorar mais os recursos do petróleo alternativo. Com isso, fonte de energia alternativa como o xisto vem ganhando espaço de estudo, considerando o óleo de xisto um substituto natural. De acordo com Speight (2012), depósitos de xisto são encontrados em todos os continentes e tais depósitos contêm um material sólido de hidrocarboneto (querogênio) que pode ser convertido em óleo de xisto bruto por decomposição térmica para uma avaliação da matéria orgânica. Através de pesquisas, Hubbard e Robinson (1950) mostraram que a cinética de produção de petróleo pode ser explicada de forma mais precisa, incluindo um período de indução térmica na análise de dados. Exige-se este período de indução térmica, a fim de explicar os efeitos de aquecimento não isotérmicos nos experimentos realizados. A explicação do porque avaliar a
doi:10.5151/chemeng-cobeq2014-1162-20714-180281
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