Comparação dos efeitos de treino de força e endurance em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica
Francisco Ortega, Javier Toral, Pilar Cejudo Rafael Villagomez, Hildegard Sánchez, José Castillo, Teodoro Montemayor
2003
Revista Portuguesa de Pneumologia
AM J RESPIR CRIT CARE MED, 2002;166: 669-674 INTRODUÇÃO A escolha de um artigo como leitura seleccionada numa periodicidade bimensal obriga a omitir outros igualmente fundamentais. É o caso da recente publicação da Recomendação conjunta da ATS/ERS sobre Estudo da Função Muscular Respiratória, cuja profundidade e dimensão equivale à de um verdadeiro taratdo sobre este assunto, de interesse fundamental pata todos os que se dedicam a esta área (Am J Respir Crit Care, 166, 581-624, 2002). O artigo
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... ue escolhi, na área da Reabilitação Respiratória, vem salientar que esta modalidade de intervenção no doente com DPOC moderada e grave, embora sempre preconizada (o GOLD inclui esta modalidade nos estádios II e III), mas nem sempre realizada, que habitualmente inclui o treino de endurance dos membros inferiores, deverá incluir também treino de força dos membros inferiores e superiores e músculos da parede trorácica. RESUMO O objectivo do estudo foi comparar a eficácia do treino de endurance, força e combinação das duas modalidades em doentes com DPOC. Foram estudados 47 doentes com DPOC moderada/grave, com uma média de idades de 66 anos, 41 homens e seis mulheres, com obstrução moderada/grave (FEV 1 entre 1.12 e 0.93 previsto -40 % e 33 %) e sem resposta ao broncodilatador. Foram incluídos em três programas de treino de exercício -força, endurance e combinação de forças e endurance. O treino de endurance foi efectuado durante 40 minutos numa bicicleta a 70 % da carga máxima determinada por teste incremental de exercício. Os testes de força incidiram sobre levantamento de cargas -elevação do dorso (chest pull), movimentos de extensão e rotação dos braços (butterfly), extensão do pescoço (neck press), flexão e extensão dos membros inferiores (leg flexion and extension). Os doentes efecturam 4 séries de 6 a 8 repetições destes testes a uma carga entre 60 e 85 % do máximo atingido. O treino combinado consistiu em 20 minutos de treino de bicicleta e 2 séries de 6 a 8 repetições de exercícios de força. O programa foi efectuado no hospital 3 vezes por semana durante 12 semanas. Os doentes foram avaliados no final deste programa após 12 semanas sem treino. A avaliação inicial, no final do programa e às 12 semanas consistiu no teste incremental de exercício, na prova de shuttle, quantificação da dispneia por BDI e questionário respiratório de Guyatt (dimensões-dispneia, fadiga, emoção, capacidade). Os principais resultados foram: nos testes de função pulmonar não se verificaram diferenças significativas •
doi:10.1016/s0873-2159(15)30654-1
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