ESTOQUE DE CARBONO EM ÁREAS AGRÍCOLAS EM FUNÇÃO DO USO E MANEJO DO SOLO
Gisele Santos Raminelli, Barbara Pereira Gomes, Isabela Marega Rigolin, Carlos Henrique dos Santos
2013
Colloquium Exactarum
RESUMO As coletas foram realizadas em áreas do campus II da Unoeste, Presidente Prudente/SP, em área de cana-de-açúcar seu cultivo está no segundo corte, ambos sem queima, o eucalipto possui 8 anos, este foi plantado com um manejo inadequado do solo para o cultivo do mesmo, e a mata nativa possui aproximadamente seis anos, e não possui intervenção antrópica. O delineamento experimental utilizado foi caracterizado como inteiramente casualizado (DIC), estruturado em parcelas subdivididas, onde as
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... parcelas foram denominadas de sistemas de manejo e as subparcelas as profundidades de solo amostradas. As amostragens foram realizadas no mês de outubro de 2012, as profundidades foram de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm. Após a coleta, as amostras foram transportadas para o laboratório de análise de solos da UNOESTE para a determinação dos parâmetros químicos do solo (análise básica), teor de carbono e densidade do solo. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (Teste F), avaliando-se o efeito dos tratamentos pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Neste trabalho podese concluir que: a ocupação do solo com cana-de-açúcar ou eucalipto podem ser alternativas viáveis para melhorar o sequestro de CO2 atmosférico, quando estas forem manejadas de forma adequada, a cana-de-açúcar obteve o maior estoque de carbono no solo; a mata nativa está em recuperação do solo e tende a aumentar os estoques de carbono com o passar dos anos, pois esta ainda é recente e os manejos adequados de solos agrícolas podem melhorar a retirada de carbono da atmosfera. Palavras chave: Seqüestro de Carbono, Qualidade do Solo, Matéria Orgânica, Meio Ambiente INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA As atividades realizadas no cotidiano, de forma indireta ou direta colaboram para a emissão de gases de efeito estufa (GEE), como por exemplo, através dos produtos que consumimos. Quando essas concentrações são alteradas em quantidades muito acima dos parâmetros considerados normais no ambiente, podem causar um aumento da temperatura do planeta, como mostra os dados do IPCC, que revelam que a temperatura média global pode aumentar entre 1,4 a 5,8°C nos próximos 100 anos. Esse gás de efeito estufa, sendo o gás carbônico o que mais contribui para o aquecimento global, permanece na atmosfera por um longo tempo, este tema já vem sendo motivo de discussão e preocupação, principalmente após a criação do documento conhecido como Protocolo de Quioto ser assinado, onde neste documento os países se comprometem a reduzir as taxas de emissão de gases de efeito estufa.
doi:10.5747/ce.2013.v05.nesp.000072
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