Do Realismo Moderado ao Realismo Extremo em Platão

Guy Hamelin
2009 Journal of Ancient Philosophy  
Plato defends, in the course of his dialogues, visions quite distinct on the nature and knowledge of Ideas (ei[ dh) or, in more Porphyrian terms, of universals. In this paper, we follow the explanations given by the master of Aristotle on this subject in two works pertaining to distinct periods of his intellectual life. First, we examine the conception of these Ideas in the Meno, in which Plato seems to expound the Socratic convictions or to inaugurate his own reflections on the matter. Next,
more » ... see his vision of the same in the Phaedo, which certainly presents Plato's traditional thinking on this question. Finally, we try to explain whether this amounts to an evolution of his thought or simply an adaptation to the distinct kind of abstraction used throughout his career. À primeira vista, a concepção platônica dos universais parece bastante simples. O modelo de referência é, antes de mais, a matemática, cujas formas ideais podem ser compreendidas pelo intelecto e podem se encontrar, de uma maneira imperfeita, no mundo dos sentidos. Os ideais da moral e da política também estão imperfeitamente representados no sensível. Usando esses modelos, é fácil entender que esses ideais podem existir independentemente das suas representações concretas. Por exemplo, as verdades geométricas sobre círculos não dependem da existência de círculos perfeitos no mundo sensível. Nessa duplicação daquilo que é -o inteligível e o real, o sensível e as suas cópias -a concepção dos universais de Platão é nomeada, pelos 1 O presente texto foi apresentado no Simpósio de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Brasília, intitulado Realidade e significado, no dia 16 de novembro de 2007.
doi:10.11606/issn.1981-9471.v3i2p1-13 fatcat:fuhj5g3rnre5dcgdcwjrk5wuey