PET/CT com Fluorocolina‐F18 no estadiamento inicial do carcinoma da próstata
Paula Lapa, Rodolfo Silva, Tiago Saraiva, Arnaldo Figueiredo, Rui Ferreira, Gracinda Costa, João Pedroso Lima
2016
Acta Urológica Portuguesa
Recebido a 10 de março de 2016; aceite a 26 de abril de 2016 Disponível na Internet a 3 de agosto de 2016 PALAVRAS-CHAVE Fluorocolina; Neoplasias da próstata; Radiofármacos; Tomografia por emissão de positrões Resumo Objetivo: Na avaliação do carcinoma da próstata são habitualmente utilizados nomogramas clínicos para prever a probabilidade de disseminação linfática e extra ganglionar. Esses nomogramas podem sugerir a presença e a extensão desta neoplasia, mas não permitem a distinção clara
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... doença loco regional e à distância. Pretendeu-se, com este trabalho, avaliar a utilidade da tomografia por emissão de positrões/tomografia computorizada (PET/CT) com Fluorocolina--F18 (FCH-F18) na orientação de doentes com o diagnóstico inicial de carcinoma da próstata e estadiados por esta técnica imagiológica. Material e métodos: Foram revistos os processos clínicos de 39 doentes com carcinoma da próstata que realizaram PET/CT com FCH-F18 para estadiamento inicial, entre novembro de 2010 e abril de 2015. Destes, 20 doentes foram excluídos por terem iniciado hormonoterapia. Nos restantes 19 doentes, foi avaliado o desempenho da PET/CT com FCH-F18 para deteção de metastização ganglionar através do cálculo dos valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acuidade diagnóstica. Seis doentes realizaram linfadenectomia pélvica (total de 69 gânglios), permitindo confirmação histológica. Quando não existia confirmação histológica, os achados da PET/CT com FCH-F18 (total de 30 gânglios e 3 casos de metastização óssea) foram correlacionados com os valores do antigénio prostático específico (PSA) e com as informações de várias modalidades imagiológicas, como CT, cintigrafia óssea, ressonância magnética (RM), PET/CT com Fluoreto de Sódio-F18 (FNa-F18) e PET/CT com FCH-F18 de controlo. Resultados: Os valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acuidade diagnóstica para deteção de metastização ganglionar foram, respetivamente, 96,8%, 80,9%, 69,8%, 98,2% e 85,8%. Na nossa amostra, esta técnica identificou metástases, ganglionares extrapélvicas ou ósseas em 5 doentes (26,3%) com implicações na abordagem terapêutica. Mostrou captação sugestiva de metastização óssea, corroborada por outros meios de diagnóstico e pelo seguimento, em 3 doentes, estes com PSA de 9,5 ± 2,9 ng/mL. * Autor para correspondência. Correio eletrónico: paula.alexandra.lapa@gmail.com (P. Lapa).
doi:10.1016/j.acup.2016.04.003
fatcat:u5smloltivf27ou64dnyjphkse