Da geometria e da arte da palavra

Luis Espallargas Gimenez
2007 Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo  
16) 33739294, espallargas@globo.com 1 BURKE, Edmund. Parte V, Sección I, De las palabras, em: Indagación filosófica sobre el origen de nuestras ideas acerca de lo sublime y lo bello. Murcia:Colégio Oficial de Aparejadores y Arquitectos Técnicos de Murcia, 1985, p.232. A citação a Burke, um autor ligado a Hume e ao empirismo, é feita para chamar a atenção sobre o estranhamento do gosto pela palavra e, por coincidência, tratar-se de um dos autores citados no ensaio, mesmo sem estar ocupado com a
more » ... iscussão clássica no seu primeiro e único livro sobre estética dedicado aos problemas universais do gosto, imaginação, proporção, beleza e sublimidade. 2 Também desde a Mitologia, Dédalo, o arquiteto do espaço labiríntico do Minotauro aclara dúvidas sobre a ordem clássica e a construção do mundo. "Os objetos naturais deixam impressão pelas relações que a Providência estabeleceu entre certos movimentos e configurações do corpo e por certos sentimentos de ânimo conseqüentes. A pintura move também da mesma maneira, somado o prazer que causa a imitação: a arquitetura pelas leis da natureza e as da razão: desta última resultam as regras da proporção que fazem com que se elogie ou censure uma obra em seu todo ou em parte, por ser ou não correspondente ao fim para que se fizesse. Porém me parece que as palavras nos movem de muito diferente maneira que os objetos naturais, ou a pintura, ou a arquitetura; no entanto, as palavras excitam as idéias de beleza ou sublimidade tão bem como qualquer uma destas coisas e algumas vezes muito mais. Portanto está muito longe de ser inútil em um discurso de esta espécie indagar de que modo causam tais emoções." 1
doi:10.11606/issn.1984-4506.v0i6p113-128 fatcat:wlp455he5ze4bpr3v5a2rf2wkm