Determinação da conectividade xilemática em gemas dormentes de Malus × domestica através da aplicação de corante

Roberta Cusin
unpublished
Diogo Denardi Porto (diogo.porto@embrapa.br) EMBRAPA UVA E VINHO Liane Terezinha Dorneles (lianedorneles@gmail.com) Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) Luís Fernando Revers (luis.revers@embrapa.br) EMBRAPA UVA E VINHO Resumo: A macieira (Malus × domestica Borkh.) caracteriza-se pelo estabelecimento da dormência no outono e a indisponibilidade de água livre nas gemas dormentes. Em regiões onde o acúmulo de frio para quebra de dormência não é suficiente, utilizam-se produtos químicos, como a
more » ... ianamida hidrogenada (CH) para induzir a saída da dormência e uniformizar a brotação. Uma das dificuldades dos produtores é identificar a melhor época para a aplicação destes produtos químicos. No presente trabalho avaliou-se o transporte de água em gemas apicais durante a dormência, verificando a aplicabilidade da avaliação de padrões de captação de corantes hidrofílicos na estimativa do estádio da dormência. Para tal, foram utilizadas brindilas com gemas apicais fechadas de cultivares contrastantes em requerimento de frio. Em dois experimentos independentes avaliou-se 3 parâmetros: o teor de água, a brotação máxima e a conectividade hídrica em gemas apicais utilizando o corante fucsina ácida. O experimento 1 monitorou esses parâmetros em brindilas amostradas mensalmente no período de 03/2012 a 03/2013 em um pomar da EEFT. No experimento 2 o material vegetal foi brindilas em estádios diferenciados da dormência, com e sem aplicação de CH, mantido e m condições ótimas de crescimento. O teor de água e a captação de corante foram maiores em amostras coletadas durante o verão e durante a brotação do que na dormência, e a CH foi capaz de induzir este aumento. Entretanto, não houve diferença entre os estádios de dormência. Os dados mostram maior transporte de água nos tecidos durante o verão e em condições ótimas de crescimento, mas não permitem diferencia r entre gemas endo e ecodormentes e nem estabelecer a fucsina ácida como um marcador para os estádios de dormência. Palavras-Chaves: brindilas, dormência, condutividade hídrica, cianamida hidrogenada, macieira. Abstract: Temperate fruit trees, such as apple (Malus × domestica Borkh.), are characterized by the establishment of bud dormancy. Bud dormancy is overcome after exposure to a certain amount of chilling hours (under 7,2°C), which varies according to species and cultivars. Another feature of bud dormancy is the lack of free water in buds. In regions where chilling exposure is not enough for dormancy overcoming, applicatio n of chemical substances is necessary in order to break dormancy and for even bud break. One of the difficulties faced by growers is to identify the proper timing for the application of those chemical products. In this work, the water transport in buds during dormancy was assessed, with the intent of evalua ting the use of patterns of hydrophilic dye uptake as a marker for dormancy status. As plant material, apical twigs of contrasting chilling requirement cultivars were used. 'Castel Gala' which shows low chilling requirement for bud break and 'Gala Standard', a high chilling requirement cultivar. These materials were subjected to two experiments: evaluation of water status in buds harvested monthly in the field and under forcing conditions for bud break. Dy e capitation, water content and maximum bud break of apical buds were evaluated. The conductivity of the hydrophilic dye on dormant buds and stems is shown to be reduced during winter. Water content and dye uptake are higher during summer and after bud outgrowth than during dormancy, an d both increase after hydrogen cyanamide application. However, there was no difference between ecodo rmant and endodormant buds in relation to water content and conductivity.
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