Oficinas práticas com cateteres vasculares: uma experiência na capacitação de técnicos de enfermagem em hospital universitário

Mariana de Jesus Meszaros, Universidade Estadual de Campinas, Ana Paula Gadanhoto Vieira, Angelica Olivetto de Almeida, Priscila Silva Urquisa, Mariana Aparecida Castelani, Luciana Aparecida Costa Carvalho, Lilian Teixeira Dias Monteiro, Edilson Tadeu Andrade, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual de Campinas (+4 others)
2019 Resumos...   unpublished
Introdução: O processo de cuidado com os acessos vasculares é uma atividade assistencial inerente ao cotidiano da enfermagem. Com todo o avanço e inovações tecnológicas nessa área, a observação e o cuidado são primordiais para garantir a segurança no uso dos cateteres, além de reconhecer e gerenciar complicações que possam vir a ocorrer. Em 2016 a Infusion Nurses Society (INS)[1] divulgou as diretrizes práticas para a terapia infusional, e em 2017 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
more » ... SA) divulgou a publicação "Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde", com recomendações para garantir a boa prática na presença de cateteres vasculares [2]. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do programa de capacitação e atualização da equipe de técnicos de Enfermagem. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de experiência. A capacitação ocorreu para os técnicos de enfermagem do Hospital de Clínicas da Unicamp, e a estratégia de ensino-aprendizagem utilizada foi a de oficinas, divididas em duas estações práticas: uma para tipos de Cateteres vasculares, tempo de permanência e indicações de uso, e outra para antissepsia da pele, estabilização, cobertura dos cateteres e técnica do flushing para manutenção. Resultados: A capacitação foi oferecida pela Seção de Enfermagem em Educação Continuada e pelo Grupo de Cateteres e Terapia Infusional, e todos os técnicos de Enfermagem foram convidados a participar. O treinamento ocorreu entre os meses de fevereiro e setembro de 2018, havendo-se obtido uma adesão de 77% da categoria eleita como público alvo. As oficinas duraram uma hora cada, e foram oferecidas nos períodos da manhã, da tarde e noturno. Nas duas estações práticas os instrutores tinham domínio do tema, e promoveram a interação com os treinandos durante os trabalho; assim, no decorrer da capacitação houve um alinhamento dos materiais e insumos utilizados na prática, com os objetivos de se evitar o desperdício e diminuir os riscos de complicações e eventos adversos -identificação de oportunidades de melhoria nos processos de trabalho relacionados com a terapia infusional a partir da troca de experiência entre treinandos e instrutores. Considerações finais: A estratégia de ensino-aprendizagem de oficinas práticas foi satisfatória, pois a equipe interagiu durante a capacitação e esclareceu dúvidas, além de ter a oportunidade de expor as dificuldades do dia a dia. No entanto, não foi possível verificar se ocorreu mudança de comportamento ou de aplicação. Para isso, os instrutores deverão ir até os pacientes por meio de uma auditoria, e verificar se as boas práticas ensinadas estão sendo aplicadas na prática clínica. Referências: 1. INS. Infusion Nurses Society. Policies and Procedures for Infusion Therapy, 2016. 261p. 2. . Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção da corrente sanguínea. In: Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: ANVISA, 2017; 71-135. Agradecimentos: Aos técnicos de enfermagem que participaram das oficinas, às lideranças que otimizaram a participação das equipes, e ao Departamento de Enfermagem /HC pelo apoio e divulgação.
doi:10.20396/sinteses.v0i7.11564 fatcat:zrcoor7klbhjflmayniexqzyxe