Escolhas e hábitos alimentares em adolescentes: associação com padrões alimentares do agregado familiar
Susana Cardoso, Osvaldo Santos, Carla Nunes, Isabel Loureiro
2015
Revista Portuguesa de Saúde Pública
informação sobre o artigo Historial do artigo: Recebido a 7 de abril de 2014 Aceite a 14 de julho de 2014 On-line a 2 de abril de 2015 Palavras-chave: Escolhas alimentares Adolescentes Família r e s u m o Introdução: São múltiplos os fatores que condicionam as escolhas alimentares. Nas idades infanto-juvenis, os pais desempenham um papel importante na construção de preferências alimentares. Tal influência é especialmente relevante na infância, mas parece prolongar-se através do período da
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... cência. Objetivo: O principal objetivo do estudo foi caracterizar a associação entre hábitos alimentares do agregado familiar e escolhas alimentares dos adolescentes. Método: Trata-se de um estudo com abordagem mista, quantitativa e qualitativa. Numa primeira etapa, a recolha de dados (quantitativos) foi feita através da Escala de Hábitos Alimentares (EHA), autopreenchida por uma amostra de adolescentes a frequentar o ensino secundário (10. • -12. • ano) em 2 escolas do distrito de Coimbra. Desta forma, foi possível caracterizar os adolescentes quanto à adequação de hábitos alimentares. De seguida, para a componente qualitativa do estudo, foram identificados e selecionados os adolescentes com pontuaç ões mais elevadas na escala EHA (i. e., com hábitos mais adequados) e os adolescentes com pontuaç ões mais baixas nesta escala (i. e., com hábitos alimentares menos adequados). Estes adolescentes foram entrevistados relativamente às suas preferências alimentares, nomeadamente quanto à escolha alimentar em vários contextos (em casa, na escola e fora de casa), hábitos do agregado familiar e razões conducentes às opç ões efetuadas. Foram questionados ainda quanto ao risco de saúde (i. e., perceç ões de risco) associado aos hábitos alimentares, decisão perante o impulso de comer e situaç ões associadas e, por último, acerca de intenç ões de mudança de hábitos. Foi feita uma análise de conteúdo de natureza temática, com codificação linha-a-linha segundo o método de Charmaz e codificação axial (com recurso ao software MaxQDA). Resultados: Participaram 358 adolescentes, dos 14 aos 18 anos (média = 15,78; desvio--padrão = 1,05; 46,9% rapazes). A média da pontuação obtida nos itens da EHA (escala tipo Likert 1-5) foi de 3,434 (desvio-padrão = 0,346), variando entre 2,15-4,3. A pontuação total * Autor para correspondência. Correio eletrónico: sm.cardoso@ensp.unl.pt (S. Cardoso). http://dx.
doi:10.1016/j.rpsp.2014.07.004
fatcat:rxm4ciy2xjaifg2b5famggkatm